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"Jogos Olímpicos mostram que género está sempre em julgamento"

A antiga deputada comentou uma situação que 'virou' polémica na competição em Paris, quando duas mulheres foram acusadas, falsamente, de serem homens, devido aos altos níveis de testosterona.

"Jogos Olímpicos mostram que género está sempre em julgamento"

© Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

Notícias ao Minuto
07/08/2024 23:07 ‧ há 1 ano por Notícias ao Minuto

A antiga deputada Joacine Katar Moreira recorreu, esta quarta-feira, às redes sociais para falar dos Jogos Olímpicos e, sem nomear Imane Khelif, pugilista que foi colocada numa polémica devido à sua hiperandrogenia, fez várias considerações.

 

"Os Jogos Olímpicos provam o quanto o género é importante nas nossas sociedades. Que está em tudo e em toda a parte, sempre. Mas sobretudo, que o género está sempre em julgamento e em sobressalto. Que é medida e dose de tantos preconceitos e violências", começou por escrever na rede social X (antigo Twitter).

Katar Moreira, que foi eleita pelo Livre, tendo-se depois desfiliado e mantido como deputada independente, sublinhou que como "estudiosa do Género" não parava de surpreendê-la "como a identidade de género de uma pessoa pode impactar tanto".

"Já sem falar do sexo e da sexualidade - que apesar de bastante acessíveis, consomem todo o imaginário ideológico e social. Mas a obsessão com o género é fruto do controlo social, económico e ideológico. E a tensão que se cria à sua volta tem como objetivo garantir a dominação masculina e das masculinidades. Por isso, as mulheres que embarcam nisso estão equivocadas se julgam estar a defender-se", rematou.

A polémica instalou-se depois de a Associação Internacional de Boxe ter acusado Imane Khelif e Lin Yu-ting de serem homens. A associação baseou-se em exames aos níveis de testosterona realizados no passado.

O debate espalhou-se nas redes sociais, nos quais até já participam, entre outros, o antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a escritora J.K. Rowling, ou a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

O Comité Internacional Olímpico defende a sua participação e outras associações e entidades têm defendido a participação da pugilista.

Khelif já referiu que as alegações de que é alvo são falsas, "prejudicam a dignidade humana" e apelou ao fim do bullying contra atletas.

O bullying "pode destruir as pessoas, pode matar os pensamentos, o espírito e a mente das pessoas", acrescentou, em árabe, a atleta de 25 anos, a um serviço televisivo parceiro da agência de notícias Associated Press.

A argeliana Khelif garantiu já uma medalha nos Jogos Paris2024, ao apurar-se para a final da categoria de -66 kg.

Leia Também: Comités Olímpicos Africanos defendem Imane Khelif: "Pedimos que a apoiem"

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