AR chumba projeto do BE que queria Portugal em processo contra Israel

O parlamento chumbou hoje uma iniciativa do BE que recomendava ao Governo português que se associasse ao processo iniciado pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) contra Israel, por violação da Convenção contra o Genocídio.

Debate do Estado da Nação ; Parlamento ; Assembleia da República

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
18/07/2024 18:10 ‧ 18/07/2024 por Lusa

Política

Israel/Palestina

O projeto de resolução - que não tem força de lei, assumindo a forma de recomendação -- foi chumbado com os votos contra do PSD, PS, Chega, IL e CDS-PP.

 

A favor, votaram as bancadas do BE, PCP e Livre, bem como quatro deputados do PS: Isabel Moreira, Miguel Costa Matos, Jamila Madeira e Rosário Gamboa.

No texto do BE, os deputados apelavam ao executivo que se associasse à acusação, à semelhança do que fez Espanha, que pediu autorização à Organização das Nações Unidas (ONU) para se juntar ao processo.

O partido sublinhava, no texto, a responsabilidade da comunidade internacional de "pôr termo a este genocídio" e defendia que o "Estado de Israel deve responder na justiça pelos seus crimes".

Os bloquistas lembravam que "diversos Estados" já se associaram à ação da África do Sul contra Israel perante a "evidência de o Governo de Telavive ter desobedecido à decisão do Tribunal Internacional de Justiça que determinava a suspensão imediata da ofensiva militar ou de qualquer outra ação na província de Rafah".

O BE sublinhava também que a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça é reconhecida pela República Portuguesa ao abrigo da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

A África do Sul apresentou o caso ao TIJ no final do ano passado, acusando Israel de violar a Convenção sobre Genocídio na ofensiva militar que destruiu grandes áreas de Gaza.

No plenário de hoje, o último antes da pausa para férias dos trabalhos parlamentares, os deputados aprovaram ainda uma resolução do PAN que apela à Assembleia Nacional da República da Gâmbia que mantenha em vigor a proibição da mutilação genital feminina.

Foi também aprovado, com abstenções do PSD e CDS-PP e voto contra do Chega, um texto final que teve por base uma resolução do Livre que recomenda ao Governo o reforço da capacidade da Autoridade para as Condições do Trabalho, "tendo em atenção as empresas que empregam trabalhadores migrantes".

Leia Também: Ministro desafia Netanyahu e Hamas ao visitar Esplanada das Mesquitas

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas