O "pistolão", a mentira e os e-mails. A audição da mãe das gémeas na CPI
Daniela Martins é a segunda pessoa a prestar depoimento no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas em 2020 com um medicamento de quatro milhões de euros.
© Gerardo Santos / Global Imagens
Ao Minuto Política Caso gémeas
Depois da audição de segunda-feira com o ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales, foi a vez da mãe das gémeas, Daniela Martins, prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Ao longo de cerca de cinco horas, a mulher respondeu às questões dos deputados, presencialmente, afirmando que chegou a "acreditar" que tinha conseguido o tratamento para as filhas no Santa Maria "a mando do Presidente da República", através de um "pistolão (cunha)", mas só porque era o que se "dizia" no hospital.
Mais, rejeitou ter contactado com Nuno Rebelo de Sousa, filho de Marcelo Rebelo de Sousa, e disse nem sequer o conhecer. Admitiu, porém, ter conhecido a mulher, mas já depois de as gémeas terem recebido o medicamento Zolgensma.
Sobre o e-mail que foi enviado da sua conta pessoal para o filho do Presidente da República, com uma referência ao antigo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, Daniela Martins alegou não ter "conhecimento" do mesmo, e argumentou que, enquanto tomava conta das filhas nos cuidados intensivos, várias pessoas tinham acesso ao seu e-mail pessoal.
Constituída por 17 deputados, a comissão terá quatro meses para concluir o seu trabalho.
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