Escutas? "Não é por ter sido com Costa ou Galamba que se torna legítimo"
Inês Sousa Real critica divulgação de escutas em segredo de justiça.
© Global Imagens
Política PAN
A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, considerou, esta quarta-feira, que a divulgação de escutas "sem qualquer relevância processual penal" é "um grave atropelo aos direitos" de qualquer pessoa em Democracia.
Esta posição surge após fugas de informação no processo Influencer, nomeadamente a transcrição de escutas a conversas telefónicas entre o ex-primeiro-ministro, António Costa, e o então ministro das Infraestruturas, João Galamba.
"A gravação e divulgação de escutas sem qualquer relevância processual penal é um grave atropelo aos direitos que toda e qualquer pessoa - incluindo de quem exerce cargos políticos, deve ver garantidos numa democracia! Não é por ter sido com Costa ou Galamba que se torna legítimo", defendeu a deputada única do PAN, numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter).
A gravação e divulgação de escutas sem qualquer relevância processual penal é um grave atropelo aos direitos que toda e qualquer pessoa- incluindo de quem exerce cargos políticos , deve ver garantidos numa democracia! Não é por ter sido com Costa ou Galamba que se torna legítimo.
— Inês Sousa Real (@InesSousaReal) June 19, 2024
De recordar que estas fugas de informação levaram o Ministério Público (MP) a abrir uma investigação.
A investigação do MP visa as escutas divulgadas na terça-feira pela CNN Portugal, entre elas uma que apanha António Costa a ligar a João Galamba para ordenar a demissão da presidente executiva da TAP, por motivos políticos, depois da polémica indemnização de 500 mil euros à ex-administradora Alexandra Reis.
Foram ainda divulgadas fotografias que mostravam a forma como 75.800 euros em notas estavam escondidos na sala do Palácio de São Bento, onde trabalhava o então chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, um dos cinco detidos no âmbito do processo Influencer, em novembro passado.
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