PS exige à ministra do Trabalho explicações sobre carta que enviou a idosos

O PS exigiu esclarecimentos à ministra do Trabalho sobre a carta que enviou em período eleitoral para as europeias de domingo, questionando se teve como destinatários beneficiários do complemento solidário para idosos (CSI) ou todos os pensionistas.

Tiago Barbosa Ribeiro, deputado PS

© Global Imagens

Lusa
05/06/2024 16:03 ‧ 05/06/2024 por Lusa

Política

Europeias

Esta pergunta dirigida à ministra Maria do Rosário Palma Ramalho, hoje divulgada, é assinada pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Tiago Barbosa Ribeiro e pelo antigo secretário de Estado e atual deputado Miguel Cabrita.

Os dois deputados do PS querem também que Maria do Rosário Palma Ramalho esclareça quantas cartas foram enviadas, e com base em que fundamento legal se concedeu à ministra "acesso ao universo de beneficiários (ou de pensionistas) para efeitos de comunicação política direta com os beneficiários do sistema de segurança social".

"Quem deu instruções para este efeito e quem autorizou este procedimento? Qual a despesa associada ao envio destas cartas?", são outras questões formuladas por Tiago Barbosa Ribeiro e por antigo Miguel Cabrita.

O PS considera que o envio desta carta constituiu "um ato inédito e insólito de propaganda política do Governo em período de campanha eleitoral, violando a deliberação da Comissão nacional de Eleições (CNE)".

Nesta iniciativa, a bancada socialista levantou dúvidas sobre a eventual utilização ilegítima da base de dados da Segurança Social, uma vez que a carta foi assinada pela ministra e não pela Segurança Social, como deveria".

"No dia 01 de Junho, em pleno período de campanha eleitoral, uma publicação do Governo no seu portal e nas suas redes sociais anunciou que a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social escreveu aos beneficiários do CSI, dando conta das medidas em vigor. Ora, o conteúdo da carta assinada pela própria ministra foi publicado no portal do Governo e vai muito além da mera informação das mudanças implementadas", sustenta o PS.

Para Tiago Barbosa Ribeiro, "esta ação do Governo é uma iniciativa de despudorada campanha eleitoral que viola frontalmente a ética e os deveres da tutela, assim como a deliberação da CNE de 21 de maio que obriga o Governo a abster-se de ações propagandísticas, como é o caso".

O dirigente da bancada socialista adianta, ainda, que importa também perceber como é que a ministra assinou uma carta recorrendo à base de dados da Segurança Social, ao invés dos serviços, o que configura um abuso bastante grave".

 

PMF // JPS

Lusa/Fim

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