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Volt Portugal quer forças armadas europeias e quartel-general comum

O Volt Portugal propõe a criação progressiva de umas Forças Armadas europeias e quer que a União Europeia seja uma "força diplomática" junto de Israel para "influenciar negociações de paz" e garantir o cumprimento do direito internacional em Gaza.

Volt Portugal quer forças armadas europeias e quartel-general comum
Notícias ao Minuto

13:03 - 25/05/24 por Lusa

Política Eleições Europeias

Em resposta a um questionário enviado pela Agência Lusa aos partidos que concorrem às eleições europeias de 09 de junho, o Volt Portugal manifestou concordância com a possibilidade de envio de tropas, entre elas portuguesas, para a Ucrânia, defendida pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

"O Volt defende uma maior integração das Forças Armadas nacionais e a criação progressiva de Forças Armadas europeias. Este objetivo pode ser atingido através de medidas como a criação de um Quartel-General Militar Europeu (para elaborar estratégias e tomar decisões operacionais importantes sobre as operações das unidades militares da UE), o desenvolvimento de capacidades militares conjuntas da UE", lê-se, na resposta.

Quanto à eventual emissão conjunta de dívida pela UE para fomentar o investimento em projetos de Defesa, o Volt Portugal manifesta-se favorável mas considera que esta medida pode ser utilizada para investir também "em instrumentos de política social e de solidariedade, como o Rendimento Básico Europeu, em inovação para apoiar pequenas e médias empresas dos setores do futuro, ou na transição climática ambiciosa e justa em conformidade com as necessidades europeias comuns".

Sobre o conflito israelo-palestiniano, o partido advoga a solução dos dois estados e defende que "a prioridade da UE deve ser influenciar positivamente a negociação de um cessar-fogo imediato e a mobilização de ajuda humanitária para o povo palestiniano".

"Nesse contexto, a UE deve manter o seu papel de influência para garantir o cumprimento do direito internacional nesta zona de conflito", é realçado.

O Volt lembra que Israel e a UE "têm laços históricos e mantêm relações económicas e de interesses geopolíticos importantes, que podem ser ativadas para influenciar negociações de paz".

"Junto de Israel, a UE deve ser uma força diplomática que mobiliza esforços no sentido de garantir o cumprimento da decisão do Tribunal Internacional de Justiça, que determina a obrigação de Israel de prevenir um genocídio em Gaza e de atuar imediatamente nesse sentido", defende-se.

Por outro lado, pede a "urgente a libertação de todos os reféns e o desmantelamento do Hamas enquanto célula terrorista que ocupa o poder de forma ilegítima e sangrenta junto do povo palestiniano".

O Volt opôs-se ao recente Pacto Europeu para as Migrações e Asilo e propõe a simplificação de procedimentos de obtenção de visto para imigração de fora do espaço europeu, de forma a facilitar a inclusão destes cidadãos "e o preenchimento das lacunas atuais no mercado de trabalho que estão a afetar a atividade e competitividade das empresas europeias".

O esforço do acolhimento "deve ser partilhado" e para isso são necessários "mecanismos de relocalização de refugiados pelo território europeu, sem a possibilidade de pagar para os evitar, e o alívio da pressão nos países de entrada, em particular a pressão exercida sobre os seus serviços públicos".

O partido apoia o alargamento da UE, desde que os países candidatos cumpram os critérios de adesão mas considera "imperativo" uma reforma da União que a prepare para tal.

Para o Volt Portugal, é prioritário "a alteração dos processos decisórios que, na atualidade, requerem unanimidade no Conselho, a fim de evitar bloqueios provocados pelos vetos de um único Estado-Membro, como tem sido frequente" e o partido propõe que o Conselho Europeu seja substituído por um Senado Europeu, "como segunda câmara da UE e ainda um Parlamento Europeu com poder de iniciativa legislativa, tal como acontece ao nível nacional".

O Volt Europa é um partido federalista e "pan-europeu" que surgiu internacionalmente como movimento em 2017, como reação ao 'Brexit'.  

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