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AD, PS e Livre acham fundamental alargamento da UE a Leste e aos Balcãs

AD, PS e Livre consideram fundamental o alargamento da União Europeia (UE) a Leste e aos Balcãs Ocidentais, enquanto a CDU defende que é necessário acautelar impactos económicos e evitar penalizar países como Portugal.

AD, PS e Livre acham fundamental alargamento da UE a Leste e aos Balcãs
Notícias ao Minuto

12:07 - 25/05/24 por Lusa

Política Europeias

Chega e IL declaram-se a favor da entrada de novos Estados-membros, destacando a Ucrânia. O BE concorda com a integração de candidatos que cumpram os critérios de adesão, sem referir nenhum país em concreto.

Estas posições foram assumidas em resposta a um questionário enviado pela agência Lusa aos cabeças de lista às eleições de 09 de junho para o Parlamento Europeu.

"Apoiará a expansão da UE, se sim, a quais dos países candidatos, e pensa ser possível já em 2030, como tem vindo a ser dito pelo presidente do Conselho Europeu?" foi uma das questões colocadas.

O cabeça de lista da AD (coligação entre PSD, CDS-PP e PPM), Sebastião Bugalho, respondeu que "o alargamento da UE é hoje um imperativo estratégico".

"A guerra de Vladimir Putin não veio fazer mais do que comprovar a necessidade de reforçar o nosso espaço de integração, alargando-o à Ucrânia, à Moldávia, aos Balcãs Ocidentais e, eventualmente, à Geórgia", sustentou, prometendo que os eleitos pela AD terão participação ativa nesse processo.

A cabeça de lista do PS deu uma resposta semelhante, considerando que "o processo de alargamento -- quer a Leste, quer aos Balcãs -- é um imperativo moral e geopolítico", por razões de solidariedade, estabilidade e segurança, "e ainda para expandir a influência e a relevância da UE como ator global, travando influências perniciosas na sua vizinhança".

Marta Temido ressalvou que este processo deve avançar "com base nos esforços dos diferentes países no cumprimento dos critérios de Copenhaga" e implica uma reforma de políticas e regras de funcionamento da UE.

Francisco Paupério, que encabeça a lista do Livre, disse que o seu partido considera que "o alargamento da UE é fundamental para a estabilidade e segurança da Europa" e que "as negociações em curso com a Ucrânia e a Moldova e a adesão plena dos países dos Balcãs Ocidentais são oportunidades únicas de fortalecer a democracia na Europa".

Porém, salvaguardou que "qualquer processo de adesão deve seguir os critérios de Copenhaga, garantindo o alinhamento com os valores europeus".

"A IL é favorável ao alargamento da UE a novos países, a começar pela Ucrânia (cuja luta heroica pela sua liberdade é também uma luta pela nossa), e deve incluir, igualmente, a Geórgia e vários países dos Balcãs Ocidentais, dentro das normas que regem os processos de adesão, nomeadamente o cumprimento dos critérios de Copenhaga", foi a resposta de João Cotrim Figueiredo.

O cabeça de lista da IL invocou motivos políticos, de consolidação democrática, e económicos, de reforço da dimensão do bloco económico europeu.

Por sua vez, António Tânger Corrêa respondeu que "o Chega é a favor do alargamento da UE, desde logo à Ucrânia", mas antecedido de "uma revisão do quadro institucional e financeiro da UE" e obedecendo "a regras muito definidas".

"O alargamento não deve prejudicar os países da coesão e não pode pôr em risco o princípio de um comissário por país. Não abdicaremos nunca disso em Bruxelas", afirmou o cabeça de lista do Chega.

Para o cabeça de lista do PAN, Pedro Fidalgo Marques, "o espírito europeu deve pautar-se pela solidariedade e pelo respeito pelos direitos humanos, em particular para com países que, como a Ucrânia, veem a sua autodeterminação posta em causa devido a uma guerra decorrente da invasão da Rússia", mas qualquer processo de adesão "deve ter em consideração o trabalho e a disponibilidade para acompanhar os valores democráticos e de inclusão que pautam a União".

Em nome do BE, Catarina Martins declarou: "Concordamos com a integração de candidatos à UE que cumpram os critérios de Copenhaga, garantia de um Estado de direito, capacidade de execução da legislação comunitária, a verificar em período de negociação e transição. Esta é a regra da UE, não deve haver alteração aos critérios".

Para novo alargamento, a cabeça de lista do BE exige "uma política de coesão reforçada" e "um Orçamento maior".

Pela CDU (coligação entre PCP e PEV), João Oliveira defendeu que "a adesão de novos estados deve resultar sempre de uma decisão soberana, democrática e informada de cada povo quanto às suas consequências".

"É é necessário acautelar os impactos económicos, assegurando os meios financeiros que garantam a convergência económica e social no sentido do progresso, sem penalizar países como Portugal. Esta questão não pode ser desligada da intenção das principais potências em alargarem a sua influência, conquistarem mercados, acederem a mão-de-obra barata, imporem a novos países a sua dominação económica e política", acrescentou.

São países candidatos à União Europeia: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia, dos Balcãs Ocidentais, e também Geórgia, Moldova, Turquia e Ucrânia.

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