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"Proteger a região". Albuquerque rejeita "divergências" com Montenegro

O candidato às eleições da Madeira, que decorrem no próximo domingo, referiu que a única "divergência" que existe tem a ver com o facto de não existir um "candidato da Madeira para o Parlamento Europeu".

"Proteger a região". Albuquerque rejeita "divergências" com Montenegro
Notícias ao Minuto

12:52 - 22/05/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Madeira

O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, rejeitou, esta quarta-feira, a existência de "divergências" com Luís Albuquerque, primeiro-ministro e líder do Partido Social Democrata (PSD).

"Não há divergências. O meu imperativo enquanto político é proteger a Região Autónoma da Madeira. Nós contestamos e achamos uma má decisão política não termos um candidato da Madeira para o Parlamento Europeu. É essa a única divergência que há", disse Albuquerque, em declarações aos jornalistas, na Madeira, quando questionado sobre a ausência de Montenegro na campanha regional.

"A minha obrigação é defender a região. Eu não confundo as relações pessoais - e muito menos políticas - com posições que temos de tomar. Estão habituados a políticos agachados e eu não sou muito agachado. Tenho de defender a Região Autónoma da Madeira", acrescentou.

No sábado, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, disse que Luís Montenegro não iria participar na campanha regional do partido na Madeira porque "tem vergonha de aparecer ao lado" do candidato, Miguel Albuquerque. 

"Não quer [aparecer], não é só agora, foi assim nas legislativas, foi no congresso do PSD/Madeira e é agora na campanha da Madeira", disse. "Não acredita no seu candidato", reiterou Pedro Nuno Santos. 

"Não acredita no candidato". PS acusa PSD de ter vergonha de Albuquerque

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, acusou o PSD de não acabar os 48 anos de governação na Madeira "com orgulho". "Eles não acabam bem", considerou.

Joana Duarte | 16:30 - 18/05/2024

A mesma crítica foi feita por Paulo Cafôfo, candidato do PS às eleições na Madeira, que considerou que Luís Montenegro tem vergonha de Miguel Albuquerque e que é por isso que não participa na campanha regional.

Já em fevereiro, ainda antes de ser eleito primeiro-ministro, Luís Montenegro admitiu que "talvez tivesse uma decisão diferente" da de Miguel Albuquerque, após este ter manifestado a intenção de se recandidatar à liderança do PSD/Madeira, sendo arguido num processo de alegada corrupção no arquipélago.

Albuquerque diz que propostas do PS são "despesistas, utópicas e injustas"

O cabeça de lista do PSD às eleições antecipadas de domingo na Madeira disse também que as propostas do PS são "despesistas, utópicas e injustas", sublinhando a importância de haver um governo de maioria na região.

"O que estou a dizer aos madeirenses, com toda a humildade, é que os madeirenses pensem na necessidade de termos aqui um governo de maioria", afirmou, explicando que "os governos minoritários são governos prejudiciais ao exercício da governação, porque estão sempre sujeitos a contingências".

Na ocasião, o candidato, também presidente demissionário do executivo PSD/CDS-PP, em gestão desde fevereiro, disse que não se trata de despesismo, sublinhando antes que o projeto vai melhorar significativamente a qualidade de vida da população".

"Despesismo é as propostas do Partido Socialista", afirmou, para logo reforçar: "se vocês contabilizarem as propostas do Partido Socialista, para além de serem a maioria delas utópicas e injustas, é preciso três orçamentos regionais para concretizar o que o PS anda aí a dizer."

Questionado se achava injusta a proposta socialista para atribuir um complemento aos idosos no valor de 150 euros, Albuquerque respondeu que "não" e vincou: "dar dinheiro, quem tem dado somos nós, e quem não deu quando esteve oito anos no Governo foram eles no continente."

O cabeça de lista social-democrata disse, por outro lado, que o PSD tem "toda a disponibilidade" para o diálogo com as outras forças partidárias no sentido de encontrar "soluções de governo", se for necessário, mas assegurou que não fará alianças com marxistas, nomeadamente com o PS, o BE e o PCP.

Já em relação ao Chega, Albuquerque disse que vai esperar até ao final da semana por mais declarações de André Ventura, que se encontra na região no âmbito da campanha da candidatura do partido, encabeçada por Miguel Castro.

"Nós vamos esperar o que ele vai dizer até sexta-feira, porque um dia dizem uma coisa, outro dia dizem outra. Neste momento, nós só podemos tirar conclusões relativamente àquilo que se vai passar depois da votação", afirmou.

O candidato garantiu, por outro lado, que, se ganhar as eleições, as relações com o novo Governo da República "vão ser ótimas", sublinhando haver "questões fundamentais que têm de ser resolvidas", nomeadamente, a revisão da Lei das Finanças Regionais, a atribuição de subsídio de insularidade às forças policiais, a dívida dos subsistemas de saúde das forças de segurança e forças armadas, o alargamento dos poderes autonómicos e a majoração do financiamento da universidade.

"No último Orçamento do Estado todas estas propostas foram chumbadas", lembrou.

As legislativas da Madeira decorrem a 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

[Notícia atualizada às 13h10]

Leia Também: Ventura reitera que com Albuquerque "não haverá nenhum acordo"

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