Em 2009, com a quantidade de diplomas que teria em mãos para avaliar nas férias, Cavaco Silva considerava que “enchiam um bom jipe”, recorda o jornal Público. Em 2014, esse mesmo ‘jipe’ deverá seguir para férias mais leves. Porém, são delicadas as decisões que tem pela frente.
As malas deste ano, que terão de levar uma etiqueta de ‘frágil’, serão a reposição dos cortes de salários na Função Pública e a criação da contribuição de sustentabilidade para as pensões, duas medidas que o Executivo de Passos Coelho quer fazer passar pelo crivo do Tribunal Constitucional.
Se em 2009, o facto de o fim da sessão legislativa coincidir com o fim da legislatura gerou um maior número de diplomas – o objetivo era que não caducassem –, este ano os diplomas que Cavaco terá em mãos envolvem outras questões mais sensíveis.
Entre os diplomas em mãos, o Presidente da República terá ainda de avaliar uma alteração ao nível dos serviços de informação, que determina o registo de interesses dos funcionários das secretas – nomeadamente possíveis ligações à maçonaria, adianta o Público. Também o Fundo de Apoio Municipal, uma proposta pensada para apoio de autarquias em dificuldade, deverá ter lugar no jipe de Cavaco Silva.