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Rui Tavares lembra "a mais bela revolução do século XX"

O porta-voz do Livre lembrou hoje o 25 de Abril de 1974 como a "mais bela revolução do século XX", data que considerou única, apelando a um país "cheio de desejos de objeto político" contra os inimigos da revolução.

Rui Tavares lembra "a mais bela revolução do século XX"
Notícias ao Minuto

12:42 - 25/04/24 por Lusa

Política 25 Abril

"A razão pela qual o 25 de Abril deu a volta ao mundo é porque foi a mais bela revolução do século XX, e é nossa", considerou Rui Tavares, na Assembleia da República, onde decorre na sessão solene comemorativa do cinquentenário do 25 de Abril de 1974.

Numa intervenção fortemente aplaudida pela bancada do Livre mas também do PS, Rui Tavares afirmou que houve vários marcos importantes após o 25 de Abril - como o dia em que as mulheres puderam finalmente votar em pleno numas eleições - mas salientou que são incomparáveis "com o dia que os criou".

Tavares alertou que quem "deseja o poder" quer sempre "estar nas bocas do mundo" e, para isso, "a melhor maneira é menosprezar ou profanar o 25 de Abril".

"Por isso, peco-vos, não lhes demos esse prazer", apelou, defendendo que "é enchendo o país de objetos de desejo político" que o país poderá continuar "evitar os pesadelos do passado e continuar a sonhar Abril".

"Em cada quartel vazio imaginemos uma residência de estudantes, em cada aldeia despovoada imaginemos um novo projeto sustentável e solidário para várias gerações. Imaginemos um país que já é de ponta nas energias renováveis ou na ecologia, imaginemos uma economia do conhecimento que de o justo valor a todos", defendeu.

Tavares iniciou a sua intervenção a falar de "sonhos e pesadelos", lembrando a sua mãe, Lucília, que na época da ditadura "tinha pesadelos com o ditador" e a quem era dito: "Cuidado, Lucília, se tivesse mais educação já estava presa".

O deputado do Livre e historiador salientou que o 25 de Abril de 1974, que derrubou uma ditadura de 48 anos, "iniciou a terceira vaga de democratização no mundo", e enumerou algumas das conquistas desde então, como o aumento das qualificações da população, as férias pagas, o salário mínimo nacional ou o Serviço Nacional de Saúde.

No final, pediu que o parlamento faça uma homenagem, através de uma estátua, às mulheres do país.

"Nós temos aqui mesmo ao lado um pedestal vazio para uma estátua que nunca decidimos qual seria. Essa estátua, sugiro eu, que seja daquela mulher, pode ser a dona Celeste que saiu com a sua braçada de cravos no dia 25, pode ser Aurora, Laurinda, Maria Albertina, Miquelina, eu chamo-lhe apenas dona liberdade. Uma mulher comum portuguesa que inventou o mais belo símbolo revolucionário, que deu a volta ao mundo, e que deve ser celebrada. Porque essas mulheres, incluindo aquelas que vieram para aqui às quatro da manhã pôr esta sala bonita, merecem e nós precisamos", rematou.

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