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João Oliveira recusa fixar objetivos "excessivamente otimistas"

O cabeça de lista da CDU para as europeias, João Oliveira, manifestou hoje confiança no reforço da coligação, mas recusou fixar "objetivos excessivamente otimistas" como recuperar três eurodeputados, e prometeu fazer uma campanha de esclarecimento e não "de folclore".

João Oliveira recusa fixar objetivos "excessivamente otimistas"
Notícias ao Minuto

16:55 - 22/04/24 por Lusa

Política Europeias

João Oliveira entregou esta tarde, no Tribunal Constitucional, a lista de candidatos da CDU às eleições europeias, acompanhado pelo mandatário nacional da candidatura, João Rodrigues, o anterior cabeça de lista da coligação às mesmas eleições, João Ferreira, e vários dirigentes do PCP e do PEV.

Em declarações aos jornalistas, o candidato afirmou que a CDU parte para as eleições "com uma grande confiança", fundada no reconhecimento pelo trabalho que tem feito e por apresentar uma lista de pessoas comprometida na defesa dos direitos do povo, dos trabalhadores e as populações".

Questionado se a CDU tem como objetivo voltar a eleger três eurodeputados - o que não acontece desde 2014 -, João Oliveira recusou fixar "objetivos excessivamente otimistas", mas salientou que existem condições para reforçar a coligação.

"O reforço da CDU está efetivamente ao alcance do resultado que precisamos de construir, com essa campanha eleitoral que vamos fazer, que será marcada pelo que caracteriza as campanhas eleitorais da CDU: dispensaremos o folclore e o mediatismo, as guerras de alecrim e manjerona, faremos uma campanha de esclarecimento, de informação e de mobilização para o voto", garantiu.

João Oliveira sublinhou que a CDU tem verificado que as campanhas eleitorais "são muitas vezes marcadas pela transformação daquilo que é secundário e acessório em questões principais" e antecipou que, nestas eleições europeias, haverá quem procurará alegar que o "que está em causa é uma coisa de distante, que tem pouco a ver com o dia-a-dia e a realidade nacional".

"Nós estamos apostados em demonstrar que não é assim. Estamos apostados em demonstrar que estas eleições têm tudo a ver com a realidade que vivemos no dia-a-dia", sublinhou, acrescentando que matérias como a valorização de carreiras na administração pública ou o investimento na habitação exigem "coragem para concretizar uma política nacional e enfrentar as imposições da União Europeia (UE)".

Interrogado sobre declarações que fez este sábado em entrevista à SIC Notícias - na qual disse que Portugal deve "preparar-se para sair do euro" -, João Oliveira salientou que, "ao contrário de outras forças políticas", a CDU não esconde "que o euro tem tido como consequência para o país problemas seriíssimos como a estagnação dos salários, a degradação da situação económica, a perda de instrumentos e alavancas fundamentais para o desenvolvimento" nacional.

"O que dizemos em relação a isso é claro: as consequências do euro são profundamente prejudiciais para o nosso país e nós precisamos de as enfrentar, criando condições para nos libertamos dessas regras e condições que são prejudiciais ao nosso país e desenvolvimento", afirmou.

Isso, prosseguiu, "não é um ato súbito, tem de ser um processo que tem de ser feito preparando o país e um processo desenvolvido em articulação com outros países que passam por dificuldades semelhantes, defendendo os rendimentos, as poupanças, as condições de vida dos portugueses".

Antes, João Rodrigues disse aos jornalistas ser um "privilégio" ser o mandatário nacional da candidatura da CDU para as europeias, salientando que a lista da coligação é composta por "15 mulheres e 14 homens", dos "quatro cantos do país e de diferentes setores profissionais, desde professores a operários".

"Os candidatos e as candidatas encarnam os objetivos desta candidatura: garantir que há, nestas eleições, um programa ao serviço do desenvolvimento soberano do país, que recusa ingerências por parte das instituições que, como a Comissão Europeia ou o Banco Central Europeu, tornam a vida das classes trabalhadores mais difícil", salientou.

Leia Também: João Oliveira nega isolacionismo e ataca "submissão" à política do euro

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