O líder parlamentar do Bloco de Esquerda defendeu hoje como prioridades a criação do crime de enriquecimento injustificado, o funcionamento da entidade da transparência e a proibição de transferências offshores.
Fabien Figueiredo falou aos jornalistas após ter sido recebido no parlamento pela ministra da Justiça, Rita Júdice, no âmbito das audições com os partidos para a adoção de medidas de combate à corrupção no prazo de 60 dias.
Sobre os dois primeiros temas, o Bloco de Esquerda diz-me "muito disponível para um consenso alargado na Assembleia da República.
Sobre os offshores, Fabien Figueiredo afirma que são um centro de criminalidade financeira e que "Portugal deve proibir transferências para offshore".
"Os offshores são centro de criminalidade financeira. Não há um único escândalo financeiro nacional ou internacional que não envolva offshores. Portugal deve proibir a transferência de capitais de e para offshores, e deve ter instrumentos jurídicos para garantir que a pirataria financeira não contamina a nossa economia e o nosso poder político", sustentou.
Perante os jornalistas, Fabian Figueiredo disse ainda ter assinalado à ministra da Justiça que "é preciso pôr a Entidade da Transparência a funcionar".
"É essencial que sejam fiscalizadas as declarações de titulares de cargos públicos e de titulares que ocupam posições políticas, que são cerca de 19 mil. Portanto, precisamos de uma Entidade da Transparência com meios técnicos e jurídicos", observou.
Na primeira parte desta ronda de audiências, que começou na sexta-feira e que decorre na Assembleia da República, a ministra da Justiça recebeu o PAN, o PSD, o PS e o Chega.
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