JPP apresenta "programa reformista" para travar "descalabro"

O cabeça de lista do JPP às eleições antecipadas de 26 de maio na Madeira, Élvio Sousa, afirmou hoje que este é o "momento certo" para o eleitorado "confiar e acreditar" no projeto do partido, que classificou como reformista.

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Lusa
12/04/2024 11:19 ‧ 12/04/2024 por Lusa

Política

Madeira

 

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"Eu sou candidato a deputado e sou candidato a presidente do Governo [Regional]. É esta mensagem que nós vamos passar, com um programa reformista, que assenta em seis áreas essenciais", disse, vincando que o objetivo é travar o "descalabro" do executivo de coligação PSD/CDS-PP.

Élvio Sousa, também secretário-geral do JPP e deputado no parlamento regional, falava aos jornalistas após a entrega da lista de candidatos às eleições antecipadas -- 47 efetivos e 47 suplentes -- no Tribunal da Madeira, no Funchal, sendo o primeiro partido a fazê-lo.

Os cinco primeiros lugares são ocupados ainda por Filipe Sousa (presidente da Câmara de Santa Cruz) e pelos deputados regionais Paulo Alves, Rafael Nunes e Patrícia Spínola.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.

O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro. O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ser constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.

"Nós estamos prontos, este é o momento certo para a população da Madeira e do Porto Santo confiar e acreditar no JPP como uma solução de raiz, de nascimento e singular de governo, um projeto que nasceu como movimento cívico, estando nas mãos da população a escolha de um novo governo e de uma composição parlamentar", afirmou Élvio Sousa.

O cabeça de lista explicou que o programa do Juntos Pelo Povo apresenta 15 propostas em seis áreas que considera fundamental intervir para travar o "descalabro" da governação de Miguel Albuquerque, que lidera o executivo madeirense desde 2015.

O JPP defende uma reforma do setor da saúde, a redução dos impostos, a valorização da agricultura, a aposta na mobilidade e transportes, incluindo a ligação marítima de passageiros entre a região e o continente, a promoção do acesso à habitação e a redução da despesa pública.

"Este governo de Miguel Albuquerque foi o mais despesista de que há memória", disse, indicando que o partido está a fazer um "estudo exaustivo" e vai revelar o "quão caro e despesista foi este Governo Regional".

Nas eleições legislativas regionais de 24 de setembro de 2023, o JPP obteve 14.933 votos e elegeu cinco deputados, num total de 47 que compõem o parlamento madeirense, onde o partido está representando desde 2015, ano em que foi legalizado pelo Tribunal Constitucional.

Antes, atuava como movimento de cidadãos em Santa Cruz, na zona leste da Madeira, tendo vencido com maioria absoluta as eleições autárquicas naquele concelho em 2013, situação que se repetiu em 2017 e 2021.

Leia Também: Funchal aprova regulamento da taxa turística (em vigor em outubro)

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