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AD não respondeu sobre como pretende "assegurar a estabilidade política"

O socialista João Torres saudou os secretários de Estado que tomaram posse esta sexta-feira.

AD não respondeu sobre como pretende "assegurar a estabilidade política"
Notícias ao Minuto

19:08 - 05/04/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Governo

João Torres, membro do Partido Socialista (PS), saudou a tomada de posse dos 41 secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, que decorreu esta sexta-feira, e deixou farpas à Aliança Democrática (AD), que conjuga o Partido Social Democrata (PSD), o CDS-PP e o Partido Popular Monárquico (PPM).

"Aquilo que democraticamente deve ser feito quando os secretários de Estado ou os membros do Governo tomam posse é formular votos e desejos de bom trabalho e de uma boa sorte no exercício das suas funções", começou por dizer em declarações aos jornalistas, afirmando que "não é correto fazer uma avaliação individual sobre o membro do Governo A, B ou C".

"Há uma resposta que ainda não foi dada por parte do PSD, do CDS-PP ou do PPM, que é sobre como pretendem assegurar a estabilidade política do país. Essa é a questão de fundo que tem de ser resolvida, porque vivemos um tempo diferente daquele que vivíamos há alguns meses e a composição da Assembleia da República ilustra também isso mesmo", considerou João Torres.

O dirigente socialista assinalou que o PS se fez representar nesta cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, tal como tinha acontecido na tomada de posse do primeiro-ministro e dos ministros, na terça-feira.

João Torres recusou "fazer uma avaliação individual" sobre os membros do Governo e defendeu que o que "é importante é que a orgânica funcione" e "como será feita a articulação das diferentes delegações de responsabilidades".

Ainda sobre o relatório da IGAS, o líder parlamentar do CDS-PP remeteu para depois qualquer posição do partido uma vez que não conhece ainda o relatório final nem a proposta de comissão de inquérito do Chega.

Paulo Núncio elogiou o elenco do executivo que hoje ficou completo, considerando que será "composto por políticos experientes e por quadros qualificados da sociedade civil e da academia" e que agora "está na hora de ir trabalhar e de governar".

"O CDS terá dois excelentes secretários de Estado que representam dois dos nossos melhores quadros", enfatizou, considerando que a Defesa, área tutelada pelo ministro centrista Nuno Melo, presidente do CDS, e a Administração Interna são "duas áreas fundamentais da soberania".

Pelo Chega, o dirigente e deputado Pedro Pinto voltou a criticar a dimensão do Governo e defendeu que executivos grandes "não são bons para o país", criticando o PSD por ter "continuado na senda do PS".

Pedro Pinto apontou de novo a ausência do PCP e do BE na cerimónia da tomada de posse dos secretários de Estado -- tal como tinha acontecido na dos ministros -- considerando que se comunistas e bloquistas "não querem falar com este Governo" não se deve andar atrás deles porque "estão fora".

O deputado do Livre Paulo Muacho assinalou o aumento das preocupações do partido à medida que a orgânica do XXIV Governo Constitucional se vai conhecendo, destacando pela negativa o "super Ministério da Educação" ou o regresso das Florestas à Agricultura.

"Vamos aguardar pelo programa do Governo e pelas políticas, mas estes primeiros sinais não nos deixam descansados", disse.

Questionado como se posicionará o Livre numa eventual comissão de inquérito ao caso das gémeas, o deputado disse que o partido não tem ainda uma posição definida e terá que "analisar o que se pretende apurar".

Pelo PAN, a porta-voz e deputada única também viu "sinais negativos" na estrutura do executivo, mas considerou que o fundamental será "o país e a oposição conhecerem a visão de Luís Montenegro para o país".

"Recordo que Luís Montenegro não tem um Governo de maioria, tem um Governo de minoria e para que haja estabilidade governativa e capacidade da Assembleia da República se pronunciar sobre decisões do Governo é fundamental que haja diálogo, sob pena de os portugueses serem os grandes penalizados", disse Inês de Sousa Real.

[Notícia atualizada às 20h08]

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