"Devem ter-se esquecido". Câmara Pereira não foi convidado para a posse
Gonçalo da Câmara Pereira, cujo partido integrava a Aliança Democrática (AD), equacionou que poderá ter sido um esquecimento.
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Política Governo
O líder do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, revelou não ter sido convidado para a tomada de posse do XXIV Governo Constitucional, que ocorreu na tarde de terça-feira, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. O responsável, cujo partido integrava a Aliança Democrática (AD), equacionou que poderá ter sido um esquecimento.
“Não fui convidado, devem ter-se esquecido. O protocolo deve ter-se esquecido, mas sem stress. Não há problema. Não estou minimamente preocupado, estou mais preocupado com o país”, disse, em declarações à Renascença.
Questionado quanto às propostas apresentadas pelo Executivo minoritário de Luís Montenegro, que foi empossado primeiro-ministro, Gonçalo da Câmara Pereira adiantou esperar que o Governo cumpra “o programa”, já que pediu aos seus eleitores “que apostassem”.
“Pedi aos nossos eleitores que apostassem. Espero bem que eles cumpram, depois, as suas obrigações, que é cumprir o programa. Vamos lá ver”, disse.
Saliente-se que o novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e os 17 ministros que compõem o XXIV Governo Constitucional tomaram posse na tarde de 2 de abril. Durante o seu discurso de tomada de posse, o chefe do Executivo apontou que "o Governo está aqui para governar os quatro anos e meio da legislatura", tendo apelado assim, a que as oposições, particularmente o Partido Socialista (PS), cumpram o "princípio de [os] deixarem trabalhar e executar o programa".
De notar ainda que a Constituição determina que um Governo só entre em plenitude de cargos após a apreciação do seu programa pelo Parlamento, se não for rejeitado.
A Assembleia da República vai debater o programa do XXIV Governo Constitucional a 11 e 12 de abril, documento que será entregue no dia 10, decidido na semana passada a conferência de líderes.
O PCP anunciou a intenção de apresentar uma moção de exclusão ao programa do Governo, que, pelo menos, será aprovada, uma vez que o PS indicou que não viabilizará esta ou outra iniciativa para impedir o Executivo de entrar em funções.
O Governo minoritário ficará completo com a posse dos secretários de Estado, marcada para sexta-feira.
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