O secretário-geral do Partido Social Democrata (PSD), Hugo Soares, disse, esta sexta-feira, que o Governo quer "dialogar com todos os partidos" e "em especial com o Partido Socialista". Sobre a eleição do presidente da Assembleia da República, Hugo Soares não tem dúvidas. “O que se demonstrou esta semana é que conseguimos encontrar soluções”, salientou.
Em entrevista à CNN Portugal, Hugo Soares referiu que "o Governo tem a competência e a responsabilidade de dialogar com todas as forças partidárias, em especial, com o Partido Socialista".
Questionado sobre uma eventual dissolução do Parlamento, no caso de os Orçamentos de Estado virem a ser chumbados, Hugo Soares respondeu que "é tão cedo" para falar disso.
"Se o Orçamento de Estado for um Orçamento de Estado que resolve os problemas das pessoas, eu creio que ser líder da oposição, como o doutor Pedro Nuno Santos é, e como o Partido Socialista é o partido maior da oposição, isso não significa ter que ser contra apenas porque se é oposição", justificou.
Hugo Soares lembrou ainda que o "último Governo era de maioria absoluta" e "de estabilidade total", mas não "resolveu o problema das pessoas".
Sobre a composição do Governo de Luís Montenegro, divulgada na quinta-feira, Hugo Soares garantiu que é um "elenco governativo muito forte, com grande capacidade política e com grande capacidade também de recrutamento na sociedade civil, onde se junta uma experiência muito grande do ponto de vista europeu, que é muito importante para os desafios que aí vêm e com ministros que são competentes nas suas áreas".
Hugo Soares sublinhou ainda a criação da pasta da Juventude e da Modernização, uma "novidade" que garantiu ser uma "prioridade política".
Questionado sobre a possibilidade de vir a ocupar um lugar no Governo, Hugo Soares lembrou que já está anunciado que será "candidato à liderança do grupo parlamentar".
"É a esse objetivo que me proponho, assim tenha a confiança dos meus colegas deputados e é o lugar que ocuparei na próxima semana", reiterou Hugo Soares, que assumiu que não tem "qualquer tipo de pena" de não fazer parte do Executivo.
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