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OE retificativo da AD? Posição de Pedro Nuno é "sensata e responsável"

Na ótica do ministro, a base de um entendimento de diálogo terá de passar pela garantia de que os termos do PRR acordados com a União Europeia (UE) são cumpridos, entre outros.

OE retificativo da AD? Posição de Pedro Nuno é "sensata e responsável"
Notícias ao Minuto

12:39 - 20/03/24 por Notícias ao Minuto

Política José Luís Carneiro

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, considerou, esta quarta-feira, que a posição do secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, quanto à possibilidade de aprovar um orçamento retificativo da Aliança Democrática (AD) foi “muito sensata e muito responsável”, uma vez que “reforçarmos a cooperação entre as forças democráticas para podermos dar resposta à melhoria das condições de vida das pessoas é um dever de todos”.

“Acho uma posição muito sensata e muito responsável, porque os partidos políticos servem o país. Portanto, devem em cada momento avaliar os termos em que podem colocar os valores fundadores desses partidos ao serviço do interesse nacional. Foi aquilo que o secretário-geral do PS fez e parece-me que o fez bem. Diria que reforçarmos a cooperação entre as forças democráticas para podermos dar resposta à melhoria das condições de vida das pessoas é um dever de todos”, disse o responsável, em declarações à imprensa.

José Luís Carneiro foi mais longe, tendo apontando que, “em função do quadro difícil que a Europa enfrenta hoje”, vendo-se a braços com uma guerra na Europa e um conflito no Médio Oriente, além de uma “polarização progressiva das sociedades com a radicalização de setores importantes”, o diálogo e a cooperação “tendo em vista responder aos problemas com que se confrontam as pessoas é o imperativo”.

Na ótica do ministro, a base de um entendimento de diálogo terá de passar pela garantia de que os termos do PRR acordados com a União Europeia (UE) são cumpridos, assim como a consolidação da reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da valorização das forças de segurança e da educação.

“A resposta que foi dada na pandemia mostra bem o valor da cooperação. Foi o momento em que todos fomos capazes de dar [resposta]”, disse.

Recorde-se que o secretário-geral do PS esteve reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, na terça-feira, tendo reafirmado a sua intenção de que os socialistas sejam “a oposição e a alternativa democrática a um Governo da AD”.

"O Partido Socialista não votará documentos ou iniciativas legislativas sobre matérias com as quais não concorde, isso não seria correto para ninguém. Mas, obviamente, em matérias que há pontos de vista comum, onde há possibilidade de entendimento, o Partido Socialista está aberto a que esse entendimentos sejam concretizados", disse, mostrando-se ainda disposto a “viabilizar um orçamento retificativo, que esteja limitado às matérias de consenso".

A AD, que junta o Partido Social Democrata (PSD), o CDS – Partido Popular e o Partido Popular Monárquico (PPM), obteve 29,49% dos votos nas eleições de 10 de março, tendo conseguido arrecadar 79 deputados na Assembleia da República. O PS, por seu turno, amealhou 77 deputados (28,66%), seguindo-se o Chega, com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados desta legislatura. Já o Livre passou de um para quatro eleitos, enquanto a CDU perdeu dois lugares, ficando com quatro deputados.

Sublinhe-se que ainda estão por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontecerá a 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, é que o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.

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