"Nós apelamos às pessoas que se manifestem de forma pacífica e que tenham em consideração que estamos todos a lutar por um bem comum, que é a nossa democracia e que é para trazermos uma Assembleia [da República] mais plural, mais representativa da sociedade no próximo dia 10 de março e isso só se faz votando", disse aos jornalistas Inês de Sousa Real.
Falando esta tarde junto ao Tribunal do Trabalho, em Almada, a dirigente afirmou que a insatisfação deve "ser transformada nas urnas, com voto útil em forças políticas como a do PAN".
No domingo à tarde, durante uma arruada em Guimarães, um homem atirou de uma varanda de um primeiro andar um vaso contra a comitiva do PS, depois de ter inicialmente insultado e feito gestos obscenos aos militantes e simpatizantes socialistas, que lhe atiraram uma bandeira e um guarda-chuva.
À margem de uma arruada, Inês de Sousa Real lembrou as dificuldades que os estudantes deslocados atravessam, dizendo que o PAN pretende que o património público do Estado seja colocado ao serviço da habitação e da população.
"Temos hoje muitos jovens que, tendo de ficar em casa de familiares, não têm direito a bolsa de estudo. Este é um critério manifestamente injusto. Os jovens deslocados são um exemplo paradigmático daquilo que o país tem estado a falhar, mesmo ao nível da saúde. Temos de garantir que um jovem que sai da sua cidade continua a ter acesso ao seu médico de família e continua a ter acesso a este apoio, bem como à saúde mental", observou.
Sobre a importância de investir nos transportes públicos, a líder do PAN, exemplificando com as pessoas que vivem em Setúbal e trabalham em Lisboa, defendeu mobilidade gratuita até 2028.
"O PAN quer garantir que, até 2028, até ao final da próxima legislatura, temos transportes públicos gratuitos no nosso país e isto não é uma utopia", sublinhou.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
[Notícia atualizada às 16h25]
Leia Também: Ventura quer conduzir o país e deixar PSD no "banco de trás"