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Marisa Matias acusa governos de cumplicidade no "genocídio" em Gaza

A eurodeputada bloquista Marisa Matias acusou hoje os governos europeus de cumplicidade no "genocídio, ocupação e limpeza étnica" que considera que Israel está fazer em Gaza, criticando que não se associem a António Guterres no pedido de cessar-fogo imediato.

Marisa Matias acusa governos de cumplicidade no "genocídio" em Gaza
Notícias ao Minuto

07:07 - 03/03/24 por Lusa

Política Marisa Matias

Marisa Matias, que é a cabeça de lista do BE pelo círculo do Porto, focou toda a sua intervenção no comício desta noite na questão de Gaza e do povo palestiniano, com fortes críticas à atuação dos poderes europeus.

"Genocídio, ocupação, limpeza étnica. Israel está a levar a cabo uma nova Nakba com a cumplicidade dos governos europeus", acusou.

Na opinião da eurodeputada do BE, para se ver "como o mundo mudou, este massacre em Gaza é o melhor exemplo".

"Em 1982, Margaret Thatcher, apoiante do estado de Israel, ordenou o embargo à venda de armas para Israel na sequência da guerra contra o Líbano. Nesse mesmo ano, outro insuspeito apoiante de Israel, Ronald Reagan, declarou que o que o Governo de Israel estava a fazer ao Líbano era outro holocausto", referiu.

Segundo Marisa Matias, apesar das fotografias, dados e o "horror todo" que se conhece de Gaza, "os países e os governos democráticos europeus de 2024 são incapazes de tomar uma posição que seja sequer próxima de Thatcher e de Reagan em 1982".

"São incapazes de se associar àquilo que são as reivindicações dos últimos meses de António Guterres e dizer que é preciso um cessar-fogo imediato", condenou.

A eurodeputada bloquista referiu a resolução que esta semana foi aprovada no Parlamento Europeu e que "apela ao cessar-fogo imediato, mas de fora dessa resolução ficou o embargo à venda de armas a Israel.

"Houve 400 deputados que retiraram do texto o embargo à venda de armas a Israel. Estes 400 deputados e deputadas acham que os países europeus devem continuar a vender armas a Israel. É incompreensível para mim que nesses 400 deputados estejam os deputados portugueses do PS e do PSD", criticou.

Mas a cabeça de lista do BE pelo Porto não esqueceu as eleições legislativas de 10 de março porque "para além dos destinos de Portugal", é também a forma como o país se relaciona com o resto do mundo que está em causa neste ato eleitoral.

"É por isso que é muito importante que haja uma maioria de esquerda, mas não nos equivocamos: dentro das esquerdas há posições diferentes e são também essas posições que justificam o voto no Bloco", apelou.

Segundo Marisa Matias, para os bloquistas "nunca houve imperialismos bons e imperialismos maus" e também "não é aceitável que se use o suposto direito de defesa como um biombo para o genocídio como fizeram outras forças de esquerda".

"Por melhor que se fique na fotografia, nunca aceitaremos essa chantagem", assegurou, ouvindo-se na sala o grito da plateia repetido "Palestina vencerá!".

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