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Aventura fiscal da Direita deixa "pés descobertos à maioria dos jovens"

O secretário-geral do PS defendeu hoje que a "aventura fiscal" proposta pela Aliança Democrática (AD) puxa "o cobertor para os de cima, deixando os pés descobertos à maioria dos jovens em Portugal".

Aventura fiscal da Direita deixa "pés descobertos à maioria dos jovens"
Notícias ao Minuto

23:21 - 29/02/24 por Lusa

Política Eleições

"Quando a direita apresenta uma aventura fiscal, o que está a fazer é a puxar o cobertor para os de cima, deixando os pés descobertos à maioria dos jovens em Portugal. Que nenhum jovem se deixe enganar", avisou Pedro Nuno Santos num discurso no comício no Centro Artes Espetáculo, em Portalegre.

Num discurso que se focou maioritariamente na juventude, e em que também foi abordado o setor da cultura, o líder socialista defendeu que o "projeto liberal" do PSD, "o radicalismo da sua proposta orçamental", é "irresponsável" e significa "descurar o apoio à maioria esmagadora dos jovens em Portugal".

"Na realidade, o choque fiscal que a direita, que o PSD e o resto da direita nos propõem, é um cheque fiscal aos que menos precisam, ao mesmo tempo que retira os recursos necessários para a maioria esmagadora da população", reforçou.

Em contraponto, Pedro Nuno Santos defendeu que o PS quer investir na juventude portuguesa, elencando várias propostas do partido, como a proposta de redução progressiva das propinas "até à sua extinção".

Por outro lado, o líder socialista sublinhou também que o PS quer também alagar o apoio ao alojamento estudantil, reforçar a ação social escolar para apoiar estudantes carenciados e alargar o IRS Jovem a todos os jovens, e não apenas os que detêm um diploma universitário.

O secretário-geral do PS também apresentou áreas para a juventude na área da habitação, designadamente retirar o teto para as rendas no programa Porta 65, ou ainda dar uma garantia pública do Estado na compra de casa até aos 40 anos.

Queremos "apoiar a nossa juventude, os nossos jovens com a certeza de que eles só poderão ficar a viver a trabalhar e criar família em Portugal se nós tivermos uma economia vibrante, sofisticada", afirmou.

Salientando que sabe que os jovens ambicionam independência e emancipação, Pedro Nuno Santos ressalvou, contudo, que se o país não for capaz de transformar a sua economia, também não vai conseguir dar esperança aos jovens portugueses.

"Nós podemos adotar todas as medidas, todas as medidas que nós próprios fomos tomando e que agora são prometidas em matéria fiscal, mas ou nós temos capacidade de ter uma economia mais sofisticada, mais complexa, mais diversificada, capaz de pagar melhores salários, ou não há cá IRS Jovem que nos salve e que garanta que os jovens fiquem cá", afirmou, reforçando que o país precisa de um "choque de produtividade e salarial" e não de um "choque fiscal".

Depois, o líder do PS abordou o setor da cultura, defendendo que não "pode ser uma nota de rodapé no debate político" e

"A cultura para nós é tão central, tão estratégica que, ao contrário da direita, para o PS teve sempre direito a um ministério, não é uma mera secretaria de Estado. Para nós, a cultura tem um ministério, o Ministério da Cultural, e continuará sempre a ter", sublinhou.

Pedro Nuno Santos defendeu que é preciso continuar a aumentar o orçamento da cultura e melhorar e aperfeiçoar o estatuto dos profissionais da cultura, lamentando que a sua vida continue a ser "precária, instável".

"E o Estado português tem de ser consequente e exigir a todas as entidades que são apoiadas com recursos públicos a terem contrato com os seus profissionais de saúde. Começa em casa, começa no Estado a exigir a quem apoia que deem proteção àqueles que se dedicam a fazer cultura", afirmou.

Neste discurso, Pedro Nuno Santos voltou a afirmar que tem orgulho nos últimos oito anos do PS e, salientando que reconhece que não está tudo bem, defendeu que a mudança "sempre esteve no PS" e que o partido "muda quando renova as suas gerações, as suas lideranças, as suas políticas".

"A mudança nunca esteve fora do PS, a mudança que é preciso fazer continua no PS. Nós queremos fazer novo, nós queremos fazer diferentes. Somos nós que vamos fazer, como sempre fizemos no passado"; disse.

No início deste discurso, Pedro Nuno Santos homenageou o fundador da Delta, o empresário Rui Nabeiro, que morreu em 2023, que era militante do PS e, nas autárquicas de 2021, interveio num comício do PS precisamente em Santarém.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

[Notícia atualizada às 23h51]

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