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Entre farpas, Montenegro diz que terá "governo com apoio dos portugueses"

O responsável reforçou, uma vez mais, que só será primeiro-ministro "se ganhar as eleições" e que, para isso, conta apenas "com o apoio dos portugueses".

Entre farpas, Montenegro diz que terá "governo com apoio dos portugueses"
Notícias ao Minuto

12:50 - 22/02/24 por Daniela Filipe

Política Legislativas

O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, atirou duras críticas ao secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, cujos avanços e recuos no que diz respeito ao período pós-eleitoral revelam, na sua ótica, "impreparação, imaturidade, incapacidade para liderar um governo".

O social-democrata adiantou também que, da sua parte, formará "um governo com o apoio dos portugueses", tendo apontado que, se a coligação que junta o Partido Social Democrata (PSD), o CDS – Partido Popular (CDS–PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM) sentir "necessidade de ampliar a representação em termos partidários", existe um "único partido que preenche os requisitos para poder engrossar o apoio político que os portugueses vão dar à AD".

"Eu sou candidato a primeiro-ministro. O doutor Pedro Nuno Santos gosta mais de vestir a pele de candidato a líder da oposição. Está tudo bem, respeito isso. [...] Há um líder político, modéstia à parte, que nunca mudou de opinião; marcou uma estratégia, um caminho, e percorre-o, sem dúvidas. Pode até estar errado, - os portugueses vão ajuizar -, mas não anda aqui ao sabor do vento. E depois há outros, ao meu lado, que mudam muitas vezes de opinião. Isso não dá segurança, não dá confiança às pessoas, até para governar", disse Montenegro, em declarações aos jornalistas durante uma ação de pré-campanha em Portimão, esta quinta-feira.

O responsável foi mais longe, tendo reforçado que só será primeiro-ministro "se ganhar as eleições", sendo que formará governo "com o apoio dos portugueses".

"Só vou ser primeiro-ministro se ganhar as eleições, e vou formar um governo com o apoio dos portugueses. Esses é que vão viabilizar o meu governo, votando na AD. Se tivermos necessidade de ampliar a representação do nosso governo em termos partidários, sabem todos qual é o único partido que preenche os requisitos para poder engrossar o apoio político que os portugueses vão dar à AD. Os portugueses não tem dúvidas quanto à minha posição. Terão dúvidas quanto à posição do PS, e até de outros partidos, porque os seus protagonistas mudam de opinião muitas vezes, fazem disto um jogo floral", atirou.

Montenegro referia-se ao volte face de Pedro Nuno Santos que, nos últimos dias, passou de aceitar um governo minoritário da AD, a ver-se "desobrigado" a fazê-lo, uma vez que não há, da parte da oposição, o "valor da reciprocidade".

Aliás, o líder da AD acusou o socialista, na quarta-feira, de ter afirmado que não apresentaria nem votaria a favor de nenhuma moção de censura a um governo minoritário da AD, caso perdesse as eleições, apenas "por conveniência".

Hoje, novamente questionado sobre o tema, Montenegro agarrou-se às "ideias" que diz ter para o país, ao mesmo tempo que considerou que as correções de Pedro Nuno Santos revelam "impreparação, imaturidade, incapacidade para liderar um governo"

"O jogo político entre partidos faz parte da democracia, mas esta campanha eleitoral não serve para andar a jogar politiquice; serve para dar resposta às ambições, às necessidades, aos desafios dos portugueses. Aqueles que não saem desse assunto são aqueles que não têm nada para dizer ao país. E depois, como não saem do assunto, enrolam-se e atropelam-se a eles próprios", disse.

E atirou: "Como é que é possível em dois dias ter quatro versões diferentes sobre o mesmo assunto? Isto revela impreparação, imaturidade, incapacidade para liderar um governo. O que, aliás, não é de estranhar, porque os portugueses tornaram a ver hoje, em Pedro Nuno Santos, o ministro incompetente e imponderado, que foi quando esteve nas Infraestruturas."

Ao invés, o social-democrata considerou ser mais "importante" que os cidadãos saibam que a AD tem planos para dar resposta "imediata […] àquilo que é mais premente no acesso à saúde", bem como programas de intervenção na escola pública e de aumento da oferta de habitação, particularmente para dar "esperança" aos jovens.

"Creio que é altura de dizer que, para quem queria criar um embaraço ao PSD e à AD, acabou por ficar embaraçado. Mas vai ter de resolver esse problema sozinho, porque estou preocupado em falar não para os políticos; estou preocupado em falar para as pessoas e dizer-lhes que o nosso programa político vai tentar resolver os grandes problemas que as pessoas têm no seu dia a dia, e também os problemas estratégicos que Portugal tem pela frente, e desafios para vencer", garantiu.

Montenegro abordou, também, a questão do abastecimento de água no Algarve, o que considerou ser o resultado de "oito anos de incapacidade socialista".

"É caso para dizer que também na política da água o PS vende muitos powerpoints, vende muitas ideias, mas depois não realiza. Chega a ser confrangedor ver o secretário-geral do PS querer aparecer aos olhos dos eleitores como um grande fazedor, quando com aquilo que teve nas mãos basicamente transformou-se num bom fazedor de asneiras. Aquilo que não estava nas mãos dele, ficou engavetado do ponto de vista do investimento, em prejuízo das pessoas", rematou.

Leia Também: Quem viabiliza quem e o que diz Pedro Nuno sobre cenários pós-eleitorais?

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