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"Vai ser muito difícil criar a seguir às eleições um Governo estável"

Luís Marques Mendes analisou as últimas sondagens e garantiu que é possível perceber que "o resultado das eleições é muito incerto e vai ser incerto até ao fim".

"Vai ser muito difícil criar a seguir às eleições um Governo estável"
Notícias ao Minuto

22:44 - 14/01/24 por Joana Duarte

Política Luís Marques Mendes

Luís Marques Mendes considerou, este domingo, que a média das últimas sondagens permite perceber que "vai ser muito difícil criar a seguir às eleições um Governo estável"

No seu espaço habitual de comentário na SIC, o antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) analisou uma média das últimas quatro sondagens, feitas em dezembro, e concluiu que a simulação daria 82 deputados ao Partido Socialista (PS), bem como à Aliança Democrática (AD), 37 ao Chega, 15 ao Bloco de Esquerda (BE), 10 à Iniciativa Liberal (IL), 2 ao PAN, e um para o PCP e outro ao Livre.

Embora reconheça que "este exercício tem que ser visto com cautela", Marques Mendes diz que é possível perceber que "o resultado das eleições é muito incerto e vai ser incerto até ao fim" e que "com este quadro vai ser muito difícil criar a seguir às eleições um Governo estável".

Luís Marques Mendes referiu que "temos de esperar pelas próximas sondagens", mas ainda assim salientou que o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, "começou bem a sua liderança". "Saiu-se bem no congresso, esteve acima das expectativas e está a tentar refazer a sua imagem".

O partido mais afetado com o crescimento do Chega é o PSD

"Depois do desgaste de oito anos de Governo, o que seria normal é que a AD estivesse à frente em votos e mandatos. Não está", reforçou o comentador, salientando que o PSD tem tido dificuldades em compreender "que não chega criticar". "Os portugueses querem que a AD apresente o seu pensamento alternativo", afirmou. 

Marques Mendes abordou ainda a convenção do Chega, que era para muitas pessoas apontada como a oportunidade do partido se moderar. "O discurso final de André Ventura não mostram isso. Eu acho que ele não se moderou e portanto acentuou a natureza do Chega como um partido de protesto e de contestação", referiu o antigo líder do PSD. 

As sondagens apontam para um crescimento do Chega nas próximas eleições, marcadas para o dia 10 de março. Luís Marques Mendes considerou que "o partido mais afetado com o crescimento do Chega é o PSD". "Analisando distrito a distrito, onde o Chega cresceu mais é onde o PSD desceu mais", referiu o comentador da SIC.

"Se o Chega tiver um resultado desta dimensão, de 15% ou até mais, a AD não ganha as eleições e Luís Montenegro nunca na vida será primeiro-ministro", dissertou.

Sobre os nomes anunciados para cabeças de listas da Aliança Democrática, Marques Mendes considerou que "a abertura a independentes" é algo positivo. "Os partidos o que têm de fazer agora é um esforço pela qualidade das listas. A degradação na Assembleia da República tem vido a acentuar-se muito de eleição para eleição", considerou.

Forças de Segurança? São "um berbicacho para o próximo Governo"

Sobre os protestos levados a cabo esta semana pelas forças de segurança, Marques Mendes considerou injusto o facto de a Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR) não receberem um subsídio de risco igual ao da Polícia Judiciária (PJ). "Este protesto da PSP e da GNR é perfeitamente legítimo", referiu. 

O antigo ex-líder do PSD afirmou que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, foi "um bom ministro", mas "deveria ter batido o pé para garantir a tal igualdade de tratamento". Apesar disto, Marques Mendes defende que a maior responsabilidade é do primeiro-ministro. "Cada ministro trata da sua casa, que é o seu ministério, mas depois tem de haver alguém que tem uma visão geral. A visão geral é importante para a equidade", asseverou. 

"Todo o setor das forças de segurança estava tranquilo, estava sereno e de repente gera-se uma agitação que não é positiva", afirmou o comentador. Luís Marques Mendes considerou ainda que a situação nas forças de segurança é "um berbicacho para o próximo Governo".

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