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Processo a procuradora? "Mostra bem o défice democrático" do CSMP

O ex-líder social-democrata criticou a decisão do Conselho Superior do Ministério Público de abrir um processo disciplinar à procuradora que criticou o MP.

Processo a procuradora? "Mostra bem o défice democrático" do CSMP

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
11/01/2024 15:21 ‧ há 1 ano por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Rui Rio

O antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) Rui Rio comentou, esta quinta-feira, a abertura de um processo disciplinar à procuradora-geral adjunta Maria José Fernandes, que criticou a atuação do Ministério Público (MP), considerando que "mostra bem o défice democrático e o caráter corporativo" do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).

"A abertura de um processo disciplinar à Procuradora que criticou a forma como o MP tem trabalhado, mostra bem o défice democrático e o caráter corporativo do CSMP. Um órgão que por responsabilidade dos políticos permanece com estas características", afirmou na rede social X (antigo Twitter).

Em causa, sublinhe-se, está a abertura de um processo disciplinar a Maria José Fernandes, que criticou a atuação do MP num artigo de opinião após ser conhecida a Operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro, António Costa.

Fonte ligada ao processo adiantou que a decisão do CSMP resultou da conversão do anterior processo de averiguação à magistrada num processo disciplinar, no qual podem estar em causa violações dos deveres de reserva, lealdade e correção.

O inspetor responsável pela averiguação sugeriu a sanção de advertência a Maria José Fernandes, sendo esta a menos grave de todas.

Contactada pela Lusa, Maria José Fernandes confirmou também o processo disciplinar, apesar de declarar não ter sido ainda notificada formalmente, e acrescentou não ter ficado surpreendida com este desfecho.

"Só posso dizer que estou tranquila e que vou defender-me com alguma facilidade", afirmou a procuradora-geral adjunta, continuando: "Já esperava [o processo disciplinar], porque os magistrados estão em grande maioria na secção disciplinar".

Num artigo de opinião no jornal Público, a procuradora-geral adjunta, embora sem se referir à Operação Influencer, questionou como foi possível chegar até aqui, ou seja, até "à tomada de decisões que provocaram uma monumental crise política e cujas consequências vão ainda no adro", questionando métodos de trabalho e investigação do MP, designadamente do DCIAP.

Leia Também: Influencer. Procuradora que criticou o MP alvo de processo disciplinar

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