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"Comunicação social não pode ser detida por quem se esconde em offshores"

A bloquista Catarina Martins comentou a crise no Global Media Group e os protestos que marcaram o dia de hoje.

"Comunicação social não pode ser detida por quem se esconde em offshores"
Notícias ao Minuto

21:11 - 10/01/24 por Notícias ao Minuto

Política GMG

A antiga coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, recorreu às redes sociais, esta terça-feira, para assinalar os protestos dos trabalhadores do Global Media Group, que decorreram, esta quarta-feira, em Lisboa e no Porto.

"Hoje no Porto. Protesto dos trabalhadores #somosjn e de todo o grupo Global Media. Uma luta por salários e postos de trabalho que é uma luta por democracia. Não há democracia sem jornais e sem jornalismo", começou por escrever a bloquista.

Partilhando algumas fotografias da manifestação, Catarina Martins apontou ainda que "a comunicação a social tem regras especiais. Não pode ser detida por quem se esconde em offshores".

Sublinhando que a administração "não pode interferir na edição", Catarina Martins  remata com: "É urgente resgatar para a democracia".

Note-se que em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Os trabalhadores não receberam o salário de dezembro, nem o subsídio de Natal que, segundo a administração, será pago em duodécimos durante este ano, o que viola a lei.

O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.

"Enquanto a 'comissão executora' contrata dezenas de consultores, assessores e diretores, com vencimentos bem superiores à média no grupo, aumentando os custos da empresa em mais de dois milhões de euros", apontaram os sindicatos, "dizem que a empresa não sobrevive se não despedirem aqueles que o CEO [presidente executivo] não entende 'como conseguem viver com 800 euros por mês'".

Para os trabalhadores, a postura da administração representa o "total desrespeito pelas pessoas que há anos mantêm vivas as várias empresas do grupo, com salários do século passado".

Esta quarta-feira, houve manifestações no Porto e em Lisboa. Em frente à Assembleia da República, os trabalhadores concentraram-se na escadaria da Assembleia da República, enquanto o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, com a tutela da Comunicação Social, prestava esclarecimentos na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

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