CTT. "Compra de ações pela Parpública é caso grave de má gestão pública"
Em causa está a compra de ações dos CTT - Correios de Portugal pela Parpública por ordem do Governo. Segundo o Jornal Económico, esta compra teve lugar após exigências do Bloco de Esquerda para viabilizar o Orçamento do Estado para 2021.
© Getty Imagens
Política Miguel Pinto Luz
O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Pinto Luz recorreu, esta quarta-feira, às redes sociais para comentar o caso da participação “secreta” que o Estado mantém nos CTT, e que nunca foi comunicada ao mercado, nem referida em relatórios anuais.
“Governo socialista usa empresa pública para comprar ações dos CTT. A operação, revelada pelo Jornal Económico, terá avançado sem transparência, feita em segredo, sem divulgação ao mercado ou aos órgãos de fiscalização da empresa. Isso levanta preocupações sobre a transparência e a accountability da gestão das empresas públicas”, começa por escrever o social democrata numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter).
“A compra de ações, acrescenta o jornal, terá servido como moeda de troca perante uma suposta exigência do Bloco de Esquerda para a aprovação do Orçamento do Estado de 2021”, lê-se ainda na publicação, na qual Pinto Luz escreve também que “isso sugere que o Estado usou uma empresa pública para fins políticos, o que além de imoral, é ilegal.
O social-democrata sublinha ainda que além de outras coisas, a compra feita a “um preço elevado” poderá ter causado “prejuízos aos contribuintes”.
Governo socialista usa empresa pública para comprar ações dos CTT.
— Miguel Pinto Luz (@miguelluz) January 3, 2024
A operação, revelada pelo Jornal Económico, terá avançado sem transparência, feita em segredo, sem divulgação ao mercado ou aos órgãos de fiscalização da empresa. Isso levanta preocupações sobre a transparência e… pic.twitter.com/9jx65BEHBp
“A compra de ações dos CTT pela Parpública é um caso grave de má gestão pública. O Governo socialista deve explicar o que motivou esta operação e divulgar o despacho das Finanças que a autorizou”, considerou o vice-líder do PSD.
O mesmo responsável chama ainda o agora líder socialista, Pedro Nuno Santos, que na altura era ministro das Infraestruturas e da Habitação, referindo que este precisa de dar explicações sobre o seu alegado envolvimento na decisão.
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