"Continuidade de António Costa é clara" mesmo depois das diretas

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que, independentemente de quem ganhar as eleições internas para a liderança do PS, "a continuidade de António Costa é clara".

André Ventura

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Lusa
15/12/2023 17:17 ‧ 15/12/2023 por Lusa

Política

André Ventura

"Não há outra opção, há um governo de direita ou há António Costa. Eu acho que, quer ganhe Pedro Nuno Santos, quer ganhe José Luís Carneiro, a continuidade de António Costa é clara", afirmou o líder do Chega, referindo-se à disputa para secretário-geral do PS e também às eleições legislativas de 10 de março.

André Ventura, que falava aos jornalistas durante um contacto com a população em Lisboa, considerou que, "ao contrário do que aconteceu na altura de José Sócrates, o PS não fez a sua catarse, não fez o seu momento de reflexão".

"O PS quer fazer a continuidade de António Costa", afirmou, apontando que os eleitores têm de decidir nas legislativas do próximo ano se "querem um governo diferente, à direita, ou querem António Costa", salientando que "o estado do país também é claro, o estado da Justiça também é claro, as implicações sobre o governo são claras".

E salientou: "os eleitores têm de escolher mesmo se querem mais António Costa ou o fim da era António Costa".

Nesta visita ao mercado de Natal da freguesia de Alvalade, o presidente do Chega foi questionado sobre que prendas daria ao primeiro-ministro e ao Presidente da República, respondendo que a escolha recairia sobre "aqueles cartões que dizem até sempre, mas que não vão deixar saudades".

"É isso que lhes vou dar este Natal, é a prenda para que possam ir e já não voltar, que é isso que nós esperamos", afirmou, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa, "apesar de tudo, deixará mais saudades" do que António Costa.

Ventura afirmou também que é "muito aterrador" saber que o primeiro-ministro demissionário "ainda não perdeu a esperança de ser presidente do Conselho Europeu".

O presidente do Chega sustentou igualmente que os socialistas "deviam pôr a mão na consciência" sobre o "que andam a dizer agora do Presidente da República, porque foi o maior aliado do Governo".

"Foi ele que sustentou o Governo e foi ele que o agarrou. Agora o que andam a dizer dele, que [foi] inconveniente, que leu mal a situação, que não esteve à altura, deviam pôr a mão na consciência, ter vergonha do que andam a dizer do Presidente da República", criticou.

Questionado ainda sobre o Conselho Europeu que terminou hoje em Bruxelas, o presidente do Chega considerou que "é sempre mau quando os Estados Unidos e a Europa, que são as duas principais potências económicas mundiais, a par da China, começam a hesitar no apoio à Ucrânia".

"A Ucrânia não vai sobreviver sem o nosso apoio. A Ucrânia, sozinha, não resistirá à agressão russa sem o apoio militar e económico da Europa e dos Estados Unidos. E, portanto, nós devemos sempre lembrar-nos das lições da Segunda Guerra Mundial, se nós deixarmos que um tirano e um ditador vença o mais fraco, hoje são os outros, amanhã seremos nós", salientou.

Defendendo que é preciso "fazer força para que as democracias vençam esta guerra", André Ventura apontou que "isso significa dar à Ucrânia todos os meios para Ucrânia vencer esta guerra".

O Conselho Europeu dos últimos dois dias falhou a unanimidade sobre os cerca de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia, discutidos no âmbito da revisão do quadro financeiro plurianual da UE, por causa da Hungria.

Ventura disse também ser "absolutamente favorável à entrada da Ucrânia na União Europeia e ao início destas negociações".

Esta visita ao mercado de Natal de Alvalade está inserida nas iniciativas de pré-campanha do Chega com o objetivo de "mostrar ao país como o Partido Socialista não resolveu os problemas do país, em várias vertentes".

"Foi o que fizemos há dois dias num outro mercado, aqui também, e temos procurado ouvir as pessoas sobre se o grande desígnio que o governo socialista tinha para Portugal nestes oito anos, que era a recuperação de rendimentos, se foi cumprido ou se não foi cumprido", indicou.

André Ventura desceu e subiu parte da Avenida da Igreja, tendo cumprimentado e falado com algumas pessoas com quem se cruzou. Foi também abordado para tirar fotografias, pedidos aos quais acedeu, e ainda fez questão de pedir uma bola a uns jovens para fazer uma acrobacia com os pés.

Leia Também: Alterações nas ordens? Ventura propõe remeter para próxima legislatura

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