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Geringonça? "Se houver condições para liderarmos uma maioria, assim será"

O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos afirmou hoje que o seu foco é "vencer as eleições", mas indicou que se houver condições para os socialistas liderarem uma maioria após as legislativas, "assim será".

Geringonça? "Se houver condições para liderarmos uma maioria, assim será"
Notícias ao Minuto

21:14 - 03/12/23 por Lusa

Política Pedro Nuno Santos

"O nosso foco é vencer as eleições, é sobre esse cenário que trabalhamos. Não trabalhamos sobre mais nenhum cenário, com a certeza de que o PS depois das eleições fará tudo para construir uma maioria de Governo em Portugal", afirmou.

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas antes de um encontro com jovens, em Lisboa, e foi questionado sobre os cenários de governação caso o PS não vença as eleições, mas exista uma maioria parlamentar de esquerda.

"O que aconteceu em 2015 [a geringonça] teve, como é sabido, todo o meu apoio, e se houver condições para liderarmos uma maioria, assim será", garantiu.

O candidato à liderança do PS disse que "os cenários são possíveis", mas salientou que aquele em que está focado é numa vitória", com a "certeza de trabalhar para construir uma solução de governo".

O antigo ministro das infraestruturas quis também recusar a ideia de que "os portugueses preferem" José Luís Carneiro à frente do PS.

"Aquilo que nós sabemos do ponto de vista interno é que a nossa candidatura tem conseguido mobilizar a maioria esmagadora dos nossos militantes, mas sabemos também, daquilo que são os métodos mais científicos que temos ao nosso dispor, que a maioria dos portugueses prefere a nossa candidatura e o nosso projeto", salientou.

Pedro Nuno Santos disse que, de quatro sondagens, a sua candidatura está "claramente à frente" em três, e na outra é "a candidatura preferida do eleitorado que votou o Partido Socialista em 2022".

"Portanto, daquilo que nós podemos saber com alguma certeza é que, ao contrário daquilo que diz o meu adversário interno e o próprio PSD, a maioria do povo português prefere a nossa candidatura e o nosso projeto", defendeu.

O candidato apontou ainda que tanto José Luís Carneiro como o PSD tentam classificá-lo como radical, mas que "há muita confusão em Portugal entre ser radical e ter convicções".

"Eu queria dizer que eu não sou nem radical nem moderado, eu sou socialista, ponto número um, e, ponto número dois, tenho convicções. E é no quadro da responsabilidade que quero concretizar essas convicções. Não é radicalismo, é ter convicções", salientou.

O deputado socialista recusou também ser impulsivo, referindo que "arrastar os pés" não é uma característica sua, e indicou tratar-se de "capacidade de decisão".

Pedro Nuno Santos desvalorizou ainda o apoio do líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, ao seu opositor José Luís Carneiro: "Cada deputado vale um voto, nós temos dois terços, isso é o mais importante".

Um dia depois de os líderes do PSD e do Chega terem afirmado que a 'geringonça' foi um período mau para o país, o candidato a secretário-geral do PS contrapôs que, quando o PSD e o CDS-PP lideraram o Governo, antes da 'geringonça', "foram quatro anos terríveis para o povo português".

"Foram anos de cortes de salários, cortes de pensões, de cortes da despesa social", salientou, afirmando que com a direita a dívida pública "aumentou em proporção da riqueza".

Pedro Nuno Santos defendeu também que a governação de António Costa ficou marcada pela recuperação económica e aumento de salários e pensões.

"E, pasme-se, isto aconteceu tudo ao mesmo tempo que fomos sempre baixando a dívida pública", salientou.

Apontando que o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse em 2016, numa entrevista, que "passaria a defender o voto no PS, Bloco de Esquerda e PCP" caso a estratégia orçamental do governo socialista funcionasse, afirmou:

"Pois, nós conseguimos. E já agora agradecíamos que Pedro Passos Coelho fosse consequente com estas palavras e apelasse ao voto no PS a 10 de março", afirmou.

Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se até agora três candidatos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.

[Notícia atualizada às 21h21]

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