"Continuamos a perder milhares de jovens para o estrangeiro"

Pedro Nuno Santos discursou acerca de uma economia "forte e sofisticada", tema que é uma das prioridades da sua candidatura.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Notícias ao Minuto
03/12/2023 19:18 ‧ 03/12/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Pedro Nuno Santos

O candidato à liderança do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos disse, este domingo, que o emprego e os salários são "a nossa maior batalha".

"Ainda estamos longe de ter a economia a que temos direito, que é capaz de valorizar, de respeitar e dignificar os jovens", atirou, num encontro com apoiantes, em Lisboa.

"Continuamos a perder milhares de jovens para o estrangeiro", notou também, sublinhando que a qualificação dos jovens era muito alta comparativamente a outros países europeus, ainda que com um 'mas'. "Não temos ainda uma economia capaz de os absorver, de os aproveitar".

O também antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu que esta é uma situação que resulta numa grande frustração. "Não só para os jovens, mas também para as suas famílias, que os perdem para o estrangeiro", afirmou.

"Jovens qualificados, com a capacidade e o conhecimento para modernizar e servir a economia do seu país, mas que acabam por servir outras comunidades e outras economias", continuou, realçando que os mesmos jovens acabam por ficar noutros sítios e constituir nesses locais as suas famílias.

"Perde o país, perdem os jovens, perdem as famílias perde a nossa comunidade", reforçou.

O socialista falava no âmbito do desenvolvimento da economia, uma das prioridades que a sua candidatura à liderança do PS apresenta. Já na semana passada, aquando da entrega da moção de orientação global ao presidente do partido, Carlos César, Pedro Nuno Santos falou sobre quão importante era este tema, referindo que queria lutar por uma economia "mais forte e sofisticada" por forma a que seja possível pagar melhores salários em Portugal.

"Temos consciência de que em Portugal ainda não temos o nível salarial que todos ambicionamos e todos temos direito. O esforço que foi feito ao longo dos últimos oito anos em matéria de aumento de salário mínimo é para continuar. Queremos fazer isso no quadro da capacidade da nossa economia. Não temos meta estabelecida, até porque entendemos que essas metas devem ser trabalhadas com organizações que representam trabalhadores e empresas", explicou na altura.

Leia Também: "Problemas sem resposta". PNS elogia Governo, mas quer dar "novo impulso"

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