"PSD está a lançar-se de braços abertos para o centro"
O ex-governante socialista Adalberto Campos Fernandes falou sobre o encontro dos sociais democratas este fim de semana, assim como considerou que "o mais interessante" deste congresso foi ver a "translação bem montada entre passado, presente e futuro".
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Política Adalberto Campos Fernandes
O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes analisou, esta segunda-feira, o Congresso do Partido Social Democrata (PSD), que se realizou no sábado.
“O mais interessante é a ver a translação que foi montada – e bem montada – entre o passado, presente e futuro”, começou por referir o ex-governante socialista no seu espaço de comentário na CNN Portugal.
Campos Fernandes apontou que o líder do partido, Luís Montenegro, “foi buscar ao baú da História – e bem – o PSD social democrata”, com um discurso que foi centrado “no social, nas pensões e nas necessidades das pessoas”. E para além do discurso que o principal líder da oposição levou ao congresso, também o ‘exemplificou’.
“Não é por acaso que o congresso termina com a presença de [Aníbal] Cavaco Silva, que terá sido talvez o líder político que mais se aproximou da questão da pobreza e que mais mexeu nas pensões. E, portanto, é talvez lido e relembrado como o líder mais social-democrata que o PSD teve”, apontou.
O comentador notou ainda que o partido liderado por Luís Montenegro percebeu “que há uma probabilidade razoável de o centro ficar desguarnecido e está a lançar-se de braços abertos para o centro”.
Na sequência desta ‘tática’, Campos Fernandes considerou que com a “voragem e ansiedade de se dirigir” para o centro, “talvez tenha descuidado um pormenor ou outro de semântica explicativa naquilo que teve que ver com o aspeto das pensões”. O socialista referia-se ao anúncio da proposta de aumento das pensões feito por Montenegro.
Já na segunda-feira, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, veio esclarecer que Luís Montenegro falava do Complemento Solidário para Idosos.
Campos Fernandes reforçou ainda que as próximas eleições serão “discutidas ao centro” e que todos os partidos o devem entender. “O centro está verdadeiramente a ser disputado. Uns parecem ter vontade de o abandonar, outros parecem ter vontade de rapidamente o conquistar”, considerou.
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