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Cavaco uniu em torno de Montenegro. Assim foi o congresso do PSD

A presença de Cavaco Silva no 41.º Congresso do PSD foi o ponto alto de uma reunião apostada em mostrar unidade em torno de Luís Montenegro, que prometeu fazer mais para ganhar as eleições de março.

Cavaco uniu em torno de Montenegro. Assim foi o congresso do PSD
Notícias ao Minuto

23:25 - 25/11/23 por Lusa

Política PSD/Congresso

O 41.º Congresso do PSD, em Almada, tinha sido convocado para aprovar alterações estatutárias mas logo cedo o presidente da mesa, Miguel Albuquerque, pediu para os congressistas se centrarem "no essencial" e que este congresso fosse sobretudo político.

Aprovados os estatutos, por maioria, de manhã, a tarde foi de intervenções políticas em ambiente pré-eleitoral em que o PS e, em particular, o candidato a secretário-geral Pedro Nuno Santos foram o alvo principal das críticas dos sociais-democratas.

Na sua primeira intervenção, Luís Montenegro agitou como "ameaça" a ideia de uma nova `geringonça´ caso o PS vencesse as eleições antecipadas de 10 de março com Pedro Nuno Santos - apontado como radical de esquerda - como primeiro-ministro.

Montenegro falou de um PSD que não se abriu aos extremismos e é "casa segura" e "porto de abrigo" até para os votos dos socialistas moderados, posicionando-se entre os radicalismos, de direita ou de esquerda.

Com o lema "Unir Portugal", o 41.º Congresso foi palco para intervenções de nomes fortes no partido, alguns que não o faziam há muito, como José Luís Arnaut, antigo secretário-geral, e Carlos Moedas, Aguiar-Branco ou Morais Sarmento, que ofereceu a Montenegro um "pin" que alegou ter sido usado por Sá Carneiro na sua primeira vitória eleitoral.

O ponto alto deste "toque a reunir" laranja no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada foi a entrada do ex-líder, antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da República Cavaco Silva, que aceitou o convite para marcar presença no Congresso, surpreendendo os delegados e a comunicação social, que não tinha sido avisada.

Entre os "notáveis" do partido também marcaram presença Manuela Ferreira Leite e Leonor Beleza, que não discursaram, e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que fez uma das intervenções mais aplaudidas, ao declarar que o PSD venceu o socialismo na capital e que também o fará a nível nacional.

O 1.º vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, que à entrada considerou que o PSD está, como está sempre, obrigado a ganhar as eleições, disse perante o Congresso que o PSD tem o desígnio de recuperar a credibilidade e o prestígio das instituições, depois de oito anos de governação do PS com uma "sucessão de escândalos e casos".

No encerramento - antecipado em meia hora por Miguel Albuquerque, com vários delegados ainda inscritos para falar - Luís Montenegro deixou uma promessa: "colocar a referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros".

Sobre a atual crise política, Montenegro, tal como outros delegados, defenderam que o Governo não caiu por causa de um processo judicial mas "caiu de podre" e acusou os socialistas de instrumentalizarem a justiça para taparem "erros políticos".

Perante o congresso, Luís Montenegro disse ainda ter consciência de que as pessoas esperam mais de si do que aquilo que foi capaz de mostrar até agora, prometendo fazer mais e estar à altura do legado de Cavaco Silva.

Por seu lado, já de saída, Cavaco Silva ainda disse aos jornalistas que não compareceu para dar lições a ninguém, mas para ouvir Luís Montenegro.

Leia Também: Mesa do 41.º Congresso do PSD encerra antecipadamente trabalhos

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