De acordo com o calendário divulgado, a recolha de "pré-candidaturas e de inscrições para colégio eleitoral" para as primárias do Livre teve início hoje e termina no dia 27 de novembro.
Qualquer cidadão pode inscrever-se para concorrer nas eleições primárias do Livre, desde que assine a carta de princípios deste partido, respeite o código de ética e assine um "acordo de compromisso", sob pena de ser retirada a confiança política.
Quanto à votação, membros e apoiantes do Livre podem fazê-lo nas primárias de todos os círculos eleitorais, e eleitores que se inscrevam podem votar nas primárias que decorrem no distrito onde estão recenseados.
Segundo o calendário, após o processo de avalização e admissão de candidaturas, a campanha eleitoral interna das primárias decorre entre 30 de novembro e 05 de dezembro.
A primeira volta, nos círculos com mais de seis candidaturas, está marcada para 06 e 07 de dezembro.
Já a 11 e 12 de dezembro decorrerá a segunda volta das votações nos círculos eleitorais com mais de seis candidaturas e a volta única de votações nos círculos com menos de seis candidaturas.
Em 13 de dezembro são divulgados os resultados finais.
Após o processo de primárias, segundo fonte do partido, o Livre terá um congresso em janeiro para definir o programa eleitoral para as eleições legislativas.
Numa mensagem no 'site' oficial, o Livre apela à participação dos seus membros e apoiantes mas também "à sociedade civil em geral", definindo-se como "a esquerda que não desiste" de causas como o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, a crise climática ou os Direitos Humanos.
O Livre conseguiu representação na Assembleia da República pela primeira vez em 2019, com a eleição de Joacine Katar Moreira, que viria a representar o partido cerca de dois meses apenas. O partido retirou-lhe a confiança política em janeiro de 2020 e a deputada passou à condição de não inscrita.
Nas legislativas antecipadas de 2022, o partido regressou ao parlamento com a eleição do historiador e fundador do partido Rui Tavares.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro.
António Costa é alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo tido intervenção para desbloquear procedimentos.
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