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Orçamento regional. Marcelo tem de "tirar ilações" sobre eventual chumbo

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu hoje que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deve retirar ilações de um eventual chumbo do orçamento da região para 2024.

Orçamento regional. Marcelo tem de "tirar ilações" sobre eventual chumbo
Notícias ao Minuto

23:43 - 17/11/23 por Lusa

Política PS/Açores

"Se o orçamento não passar, se os partidos políticos que já anunciaram o seu sentido de voto mantiverem a sua posição, aquilo que nós entendemos é que o senhor Presidente da República e o senhor representante da República devem daí retirar as devidas ilações e a bola está do lado deles", afirmou.

O dirigente socialista falava hoje à noite numa reunião da Comissão de Ilha de São Miguel, que decorreu em Ponta Delgada.

Em 2020, o PS, que governava os Açores há 24 anos, ganhou as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria no parlamento.

PSD, CDS-PP e PPM formaram uma coligação e, com acordos parlamentares com Chega e Iniciativa Liberal, o líder do PSD/Açores foi indigitado presidente do Governo Regional.

PS, BE e IL já anunciaram que iriam votar contra as propostas de plano e orçamento da região para 2024, que serão votadas na próxima semana, e PAN e CH disseram que não iriam votar a favor.

A confirmarem-se estas intenções de voto, as propostas serão chumbadas uma vez que os partidos que integram o Governo Regional somam 26 dos 29 votos necessários para aprovar os documentos e contam apenas com a garantia de voto favorável do deputado independente (ex-Chega).

Segundo Vasco Cordeiro, tanto em 2020, quando José Manuel Bolieiro foi indigitado presidente do Governo Regional, como em 2023, quando os partidos que apoiavam a coligação rasgaram os acordos de incidência parlamentar, o representante e o Presidente da República colocaram "toda a ênfase na aprovação ou de uma moção de censura, ou de uma moção de confiança, ou também do plano e orçamento para a região".

"Julgo que a palavra está do lado do senhor Presidente da República e do senhor representante da República", insistiu.

O líder regional socialista reiterou que o partido vai votar contra um orçamento, que disse ser "hoje e no futuro profundamente prejudicial para os Açores", em "coerência" com os alertas que fez nos últimos três anos para a "gestão calamitosa" das finanças públicas e para o risco de a região perder fundos comunitários.

Vasco Cordeiro defendeu, no entanto, que não é por o orçamento ser rejeitado "que a região acaba".

"O que é que acontece se o orçamento for chumbado? Acontece aquilo que acontece sempre que existem eleições regionais. O novo governo inicia o ano económico sem um orçamento, só tem orçamento em abril ou maio e a região não para, os fornecedores não deixam de ser pagos", apontou.

O presidente do PS/Açores assegurou que tanto a execução de fundos comunitários como o pagamento de prestações sociais estão "excecionados" do regime duodecimal, acusando os partidos do governo de ameaçarem a população com "mentiras".

"Só não serão executados fundos comunitários, só não serão pagos os complementos de pensão, o Compamid [apoio à aquisição de medicamentos], o abono de família, se o Governo Regional não quiser e não tiver capacidade para isso, porque do ponto de vista legal não é pelo facto de o orçamento regional ser chumbado que há qualquer problema quanto à execução deste tipo de despesa", vincou.

Quanto às medidas que preveem um aumento de rendimentos para a função pública regional, Cordeiro disse que quando o orçamento para 2024 entrar em vigor terão retroatividade a 01 de janeiro.

"Não vale a pena agitarem as bandeiras do medo, do susto, do temor, não vale a pena fazerem isso, porque nós hoje temos uma sociedade açoriana que está consciente e que sabe que não é esse tipo de ameaças que resolve os desafios que temos à nossa frente, que essas ameaças são falsas", salientou.

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