É "miserável" PS dizer-se de Esquerda e abraçar bandeiras da Direita

O BE considerou hoje "miserável" que o PS se diga de Esquerda quando "está a abraçar todas as bandeiras da Direita" no orçamento, defendendo que o Governo não tem mandato para o "ataque ao país" que significa privatizar a TAP.

Governo defende importância de respeito pelo diálogo social

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Lusa
31/10/2023 18:14 ‧ 31/10/2023 por Lusa

Política

OE2024

No encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, considerou que este é um "mau orçamento" - um documento no qual os bloquistas já anunciaram o voto contra - porque mantém os problemas no SNS, na escola pública, na habitação, na justiça ou na perda do poder de compra, além de continuar a "viragem à direita do Governo do PS",

O dirigente e deputado bloquista acusou o Governo de ter optado por pôr quem trabalha a pagar os impostos e os jovens a pagar para estudar para que se possa "poupar os grandes grupos económicos, a banca e os seus lucros milionários".

"É miserável que um partido assim se diga de esquerda porque, na verdade, está a abraçar todas as bandeiras da direita", acusou.

Na opinião de Pedro Filipe Soares, "a direita resignou à narrativa do Governo" e a "única coisa que têm para dizer é que o Governo lhes roubou as ideias", considerando que a "direita não conta para o debate do orçamento" porque o "único sentimento que apresenta é de inveja".

Sobre o anúncio de que será o ministro das Infraestruturas, João Galamba, a fazer o encerramento do debate, o líder parlamentar do BE considerou que, depois te ter passado os dois dias do debate na especialidade "sem responder" a perguntas da oposição sobre a companhia aérea, vai falar no final quando já não há hipótese de réplica, o que representa "a arrogância do PS".

Segundo Pedro Filipe Soares, o Presidente da República "tem razão em tudo o que disse no veto" ao decreto de lei do Governo que enquadra a privatização da TAP, mas foi mais longe ao considerar que o executivo de António Costa "não tem mandato" para "fazer mais este ataque ao país" uma vez que a intenção de vender aos privados não vinha no programa do Governo.

Pedro Filipe Soares recordou que António Costa, em 2014, argumentou contra a posição do PSD com o objetivo de "defender a TAP no espaço público" e agora, "sem legitimidade" vem dizer "que quer privatizar a maioria do capital contra o António Costa de 2014".

O bloquista assegurou que o partido "não se resigna ao Estado do país" e criticou aquilo que considerou ser "a desigualdade" que resulta deste orçamento, condenando que nenhum deputado do PSD, Chega ou IL tenha perguntado ao Governo porque é que vai acabar com o imposto sobre os lucros extraordinários quando a banca apresenta os lucros atuais.

O líder parlamentar bloquista reiterou as críticas ao aumento do IUC dos carros antigos, considerando que "as mentiras e a patranha" sobre este documento "teve origem no Governo" por ter dito que este aumento era "em nome da equidade fiscal".

"A tal equidade que permite não taxar os lucros extraordinários", disse.

Leia Também: PSD diz que encerramento de bloco de partos do CHTS é "inadmissível"

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