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Habitação? Projeto da IL foi o único aprovado em 16 diplomas da oposição

Os 15 projetos de lei apresentados pela oposição para responder à crise da habitação foram hoje rejeitados no parlamento, tendo sido aprovado apenas uma resolução da IL que propõe agregar legislação atualmente dispersa sobre construção de edifícios.

Habitação? Projeto da IL foi o único aprovado em 16 diplomas da oposição

© CARLOS COSTA/AFP via Getty Images

Lusa
25/10/2023 18:43 ‧ há 1 ano por Lusa

Política

Habitação

Na sessão plenária agendada pelo BE sob o tema "Garantir o Direito à Habitação", todos os partidos, à exceção do PS, arrastaram iniciativas legislativas, num total de 16 diplomas.

No final do debate, no qual o Governo não marcou presença, todas as propostas que tinham força de lei acabaram por ser rejeitadas com diferentes votações e a única que foi aprovada na generalidade foi um projeto de resolução dos liberais, que não teve votos contra e contou a abstenção de BE, Livre e PAN.

No texto, é recomendado ao Governo que agregue a "legislação dispersa relativa à construção de edifícios e gestão urbanística num novo Código da Edificação", incluindo a concentração de todos os requisitos para um projeto e a "definição de prazos claros para todos os processos de planeamento e licenciamento, incluindo um regime de compensação e/ou penalização perante incumprimentos das entidades envolvidas".

Os liberais propõem a constituição de um grupo de trabalho para implementar este código, que deverá ter representantes dos ministérios da Habitação e das Infraestruturas, bem como associações e ordens profissionais do setor da construção civil, associações empresariais e a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Entre os projetos de lei rejeitados estão as propostas do BE que tinham como objetivo proibir a venda de casas a não residentes, controlar as rendas e criar um teto ao seu aumento no próximo ano, bem como limitar a variação da taxa de esforço no crédito à habitação.

Durante o debate, o deputado Carlos Guimarães Pinto, da IL, acusou o BE de colocar sempre as culpas no capitalismo, até no problema da habitação. "Das hemorroidas ao racismo, tudo é capitalismo", afirmou.

Por sua vez, a deputada bloquista Mariana Mortágua considerou que a obsessão de Carlos Guimarães Pinto em fazer dos debates "sucessões de piadas vai-se tornando um bocadinho confrangedora".

"Os senhores deputados [da IL] levantam-se de forma tão emotiva para defender todo o direito à ganância e lucro fácil e nunca se emocionam com o direito a habitação", acusou Mortágua.

André Ventura, do Chega, sugeriu que a solução para o problema da habitação passa por fazer um levantamento de quantas pessoas que vivem em bairros sociais não pagam rendas.

Para o deputado Bruno Dias, do PCP, "não há falta de casas, mas sim falta de casas que as pessoas possam pagar", defendendo que o problema na habitação é "a selvajaria especulativa que está hoje a acontecer, propondo também que se coloque os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro, que se acabe com a "via verde" para os despejos de inquilinos e a revogação dos "inaceitáveis privilégios" dos chamados vistos 'gold' e do regime fiscal dos residentes não habituais.

O deputado comunista considerou ainda que o único "chão comum" que o PS procura para resolver os problemas na habitação é "o chão comum da rua", realçando que "a solução e a resposta para os problemas gravíssimos da habitação implicam ter a coragem política de enfrentar os interesses do poder económico".

Já a deputada Márcia Passos, do PSD, defendeu que o "bom funcionamento do mercado de arrendamento é um ótimo instrumento de combate à crise da habitação" e que é necessário recuperar a confiança de quem investe naquele mercado.

Por parte do PS, a deputada Maria Begonha sublinhou que "a habitação foi considerada o parente pobre do estado social durante décadas" e que "não se resolve no curto prazo, ao contrário do que afirma o discurso simplista das oposições".

O deputado único do Livre, Rui Tavares, considerou que a proposta do BE de proibir a venda de casas a não residentes é "um erro político" e que a solução passa por aplicar uma sobretaxa de IMT aos compradores "milionários globais".

[Notícia atualizada às 19h12]

Leia Também: Parlamento autoriza alteração da data da visita de Marcelo à Moldova

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