Esta será a primeira reunião do órgão máximo do partido entre Congressos sob a liderança de Luís Montenegro a realizar-se fora de Lisboa e deverá coincidir com mais uma edição da iniciativa 'Sentir Portugal', que leva o presidente do PSD a passar uma semana por mês em cada distrito do país, desta vez no Porto.
Segundo a convocatória, divulgada no jornal oficial do partido, o Povo Livre, a reunião está marcada para as 21:00, no parque empresarial Tecmaia, e tem na agenda a "análise da situação política e outros assuntos".
A última reunião do Conselho Nacional do PSD realizou-se em 15 de junho e aprovou, por unanimidade, o regulamento do Congresso extraordinário do partido, que se irá realizar em 25 de novembro, no Complexo Municipal dos Desportos da Cidade de Almada (distrito de Setúbal), e terá na ordem de trabalhos a alteração dos estatutos do partido e a análise da situação política.
Na sua intervenção inicial no Conselho Nacional, aberta aos jornalistas, o presidente do PSD, Luís Montenegro, voltou a acusar o Governo de "todos os anos cobrar mais impostos do que aquilo que fez no ano passado", atribuindo esta "medalha" ao primeiro-ministro, António Costa.
Montenegro dedicou também algum tempo a um balanço de quase um ano de liderança do partido.
"Nós estamos no bom caminho, não tenham dúvidas disso, ninguém ganha e perde eleições se andar ao sabor da notícia do dia e até da sondagem do dia", afirmou.
E aos que consideram que seria natural o PSD "disparar nas sondagens", o líder do PSD contrapôs que "natural será ganhar as próximas eleições legislativas e com maioria absoluta".
"Se há 11 meses e meio vos dissesse, no último congresso, que estaríamos hoje nos 30%, empatados com o PS quando tínhamos perdido eleições por 14 pontos (...) diriam que estava a ser muito otimista, que era muito difícil e que as circunstâncias políticas não mudam tão rápido", considerou.
Desde essa altura, realizaram-se eleições regionais da Madeira, no domingo passado, e a coligação PSD/CDS-PP venceu, mas ficou a um deputado da maioria absoluta, tendo sido anunciado na terça-feira um acordo de incidência parlamentar com o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que conseguiu um mandato.
Luís Montenegro já disse estar "totalmente confortável" com este acordo, que considerou que "não contende com nenhum valor e princípio do PSD", mas remeteu-o para a autonomia da Região da Madeira, recusando que signifique um queimar de pontes com a Iniciativa Liberal a nível nacional.
O presidente do PSD reforçou ainda, na última semana, que exclui o Chega de qualquer "acordo político de governação" que venha a ter de fazer no futuro, dizendo que "não vale a pena alimentar mais este assunto": "Não é não, ponto final".
"Sei que se faz uma grande teorização acerca da fórmula que escolhi para exprimir a minha posição -- foi sempre a mesma, por ventura de maneiras diferentes. Chegou uma altura em que não vale a pena alimentarmos mais esse assunto: não é não", disse Montenegro, na quarta-feira.
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