"O que sabemos é que no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o ano passado, o défice está cerca 1200 milhões de euros mais baixo, ainda longe da meta para o final do ano", disse a deputada, em declarações aos jornalistas, no parlamento.
Mariana Mortágua sublinhou que apesar de "a austeridade imposta", em cortes salariais e em impostos ter atingido os 5800 milhões de euros, "o défice ajusta 1.200", o que significa "4500 milhões do ajustamento atirados para o lixo".
"São atirados ao lixo porque quando se retira salários às pessoas, quando se aumenta os impostos, está-se a prejudicar a atividade económica", afirmou, assinalando que "o rendimento disponível das famílias não era tão baixo desde 2007".
Para o BE, a "melhor forma de consolidar as contas públicas é devolver salários às pessoas", porque "mais salário significa poder de compra" e mais sustentabilidade para as empresas que "podem vender mais, empregar mais e com isso pagar mais impostos e contribuições sociais".
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, hoje divulgadas pelo INE, o défice das Administrações Públicas foi de 2.389,4 milhões de euros entre janeiro e março de 2014 (6% do Produto Interno Bruto - PIB), depois de ter ascendido a 10% do PIB no mesmo trimestre de 2013.