Madeira. Livre diz que resultado foi castigo dos eleitores ao Governo
O partido Livre considerou no domingo que a abstenção foi a grande vencedora das eleições regionais na Madeira e que os eleitores voltaram a castigar o Governo Regional ao não dar maioria à coligação PSD/CDS-PP.

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Política Eleições
"Esta é mais uma eleição em que a grande vencedora foi a abstenção, que se situou em mais de 46%", sustentou o Livre num comunicado em reação aos resultados das eleições regionais que deram a vitória à coligação PSD/CDS-PP, mas sem maioria absoluta.
No comunicado, o Livre demonstrou "preocupação com um sistema político no qual perto de metade dos eleitores não vota ou não lhes é dada possibilidade de votar, como no caso dos jovens que estudam fora da Madeira e para quem não estão criadas as condições para exercer este direito fundamental".
O resultado da votação em que a coligação Somos Madeira falhou por um deputado a maioria absoluta demonstrou, para o Livre, que os madeirenses "voltaram a castigar o Governo Regional" já que, depois de há quatro anos o PSD ter perdido a maioria absoluta, "também agora a coligação PSD/CDS não consegue garantir essa maioria".
Apesar da existência de "uma maioria de direita no parlamento regional, onde a extrema-direita se estreia com um grupo parlamentar e a IL (Iniciativa Liberal) também consegue eleger", o Livre sustenta não estarem "reunidas as condições para um Governo que faça frente aos problemas sociais, tendo como prioridade a erradicação da pobreza e os problemas ambientais do arquipélago".
Naquelas que foram as primeiras eleições regionais para a Assembleia Legislativa da Madeira a que o Livre concorreu, conseguindo mais de 850 votos, mas não elegendo qualquer deputado, o partido considera que a votação representa, no Funchal, "uma melhoria face ao resultado das eleições autárquicas, o que demonstra a tendência de crescimento e consolidação dos resultados na região".
Por isso, promete, a partir destes resultados, "cimentar a presença do partido na Região Autónoma e levar o Livre ao parlamento regional daqui a quatro anos", pode ler-se no comunicado.
"Os madeirenses e porto-santenses podem contar com o Livre", concluiu o partido, prometendo continuar a defender os interesses da Região Autónoma da Madeira "através de uma visão de esquerda, progressista e ecológica".
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS-PP obteve 43,13% dos votos (58.399 votos) e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Há quatro anos, o PSD elegeu 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinha desde 1976, e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
A segunda força política mais votada no domingo foi o PS, com 21,30% dos votos e 11 mandatos, quando há quatro anos tinha conseguido 36,59% dos votos e 19 mandatos.
O JPP passou de três para cinco mandatos, enquanto a CDU conseguiu manter o deputado único que tinha.
O Bloco de Esquerda e o PAN regressam à Assembleia Legislativa Regional também com um deputado cada.
No hemiciclo regional haverá ainda duas estreias: o Chega com quatro deputados e Iniciativa Liberal com um deputado.
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