Albuquerque promete governo de maioria na Madeira, mas sem o Chega

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, garantiu hoje que está em condições de nos próximos dias apresentar um governo de maioria parlamentar, mas que dessa coligação "está excluído o Chega".

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Lusa
24/09/2023 23:42 ‧ 24/09/2023 por Lusa

Política

Miguel Albuquerque

"Estou em condições de nos próximos dias apresentar um governo de maioria parlamentar", afirmou o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, que venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

Numa intervenção numa sala repleta de apoiantes, numa sala do Instituto do Vinho, no Funchal, o também líder do Governo Regional assegurou que "dessa coligação está excluído o Chega", mas sem adiantar com que outros partidos irá contar.

"Está excluído da coligação, em qualquer circunstância, o Chega", garantiu.

Repetindo várias vezes que a coligação Somos Madeira ganhou "de forma expressiva" as eleições, vencendo nos 11 concelhos da Madeira e em 52 das 54 freguesias da região autónoma, o líder do PSD/Madeira elegeu como derrotado da noite o PS, que "perdeu uma hecatombe de deputados".

Depois de ao longo da campanha ter repetido todos os dias que se recusaria a governar se não tivesse maioria, o líder do PSD/Madeira recusou estar a voltar com a palavra atrás.

"Disse uma frase muito clara: que só governaria a Madeira num governo de maioria absoluta, porque acho que é essencial garantir estabilidade, confiança, previsibilidade durante os próximos quatro anos. É isso que vou fazer", argumentou, assegurando que apresentará nos próximos dias "essas condições de governar com maioria absoluta em estabilidade".

Miguel Albuquerque, que lidera o Governo Regional desde 2015, lembrou ainda que "não houve nenhum problema em governar em coligação" com o CDS-PP nos últimos quatro anos, ressalvando, contudo, que qualquer "coligação tem de assentar em princípios que não podem ser diluídos, nem podem ser postos em causa a qualquer momento", sendo essa "uma exigência fundamental dos governos responsáveis".

"Manterei a minha palavra de me demitir caso não consiga assegurar um governo de maioria na Madeira", prometeu, apontando ainda a vitória que alcançou hoje como "uma das votações mais significativas e mais importantes" da sua carreira política.

Questionado pelos jornalistas sobre com que partidos tentará chegar a acordo, o líder do PSD/Madeira disse apenas já ter "os contactos e as diligências feitas" e que nos próximos dias apresentará "a solução" encontrada.

A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, com 43,13% dos votos, mas sem conseguir obter maioria absoluta, elegendo 23 dos 47 deputados.

De acordo com resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.

O Chega e a IL vão assim estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira.

[Notícia atualizada às 00h51]

Leia Também: Madeira AO MINUTO: PSD/CDS perde maioria absoluta; IL elege, BE regressa

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