"O voto é útil na medida em que o é para quem o dá. Então, o voto do povo das zonas altas, para que lhes seja verdadeiramente útil, é na CDU", declarou o cabeça de lista comunista, Edgar Silva, no decorrer de uma ação de campanha paras as regionais de domingo, na freguesia de Santo António, no Funchal.
O candidato argumentou que "de outra maneira, no parlamento [da Madeira] não haverá quem dê voz à reclamação por justiça social".
"De outro modo, se não for a CDU, o clamor do povo não terá voz, nem vez na Assembleia Regional", reforçou.
Edgar Silva argumentou que, "ao contrário de outros [candidatos] que nunca ninguém os viu" naquelas zonas, nem nas alturas das campanhas eleitorais, "as populações, sempre que necessário, contaram com o apoio da CDU nas suas reivindicações, nas lutas que foram realizadas, nas conquistas alcançadas, nos direitos conquistados".
"O povo das zonas altas conhece a CDU, o quão importante é a presença, esta proximidade da CDU", salientou, afirmando ser "do interesse do povo e útil ao povo das zonas altas votar na CDU, para que tenha mais votos".
Edgar Silva realçou que "se o povo recorre à CDU para a defesa dos seus interesses, para a conquista dos seus direitos, para as suas lutas, então na hora de votar é do interesse do povo dar mais força à CDU".
O candidato referiu que "na hora de decidir acerca do voto, em consciência", as pessoas deviam responder a várias perguntas: "De onde conheces os candidatos? Quando é que os vi no meu bairro? Onde estiveram os candidatos destas eleições quando foi preciso defender os direitos de quem trabalha?".
"Certamente que as respostas a estas perguntas terão que pesar na hora de decidir, na hora de escolher, na hora de votar", sustentou.
Edgar Silva enfatizou que "o voto das zonas altas só pode ser CDU, porque é útil e do interesse do povo destas ultraperiferias, porque é o voto que serve à luta pelos direitos e desenvolvimento que tanto tem sido negado" às populações residentes nestas localidades.
A coligação elegeu pela primeira vez um grupo parlamentar, de dois deputados, em 1996, que manteve até às eleições legislativas regionais de 2011.
Nesse ano só elegeu um deputado, mas nas eleições seguintes, em 2015, voltou a contar com dois eleitos.
Nas mais recentes regionais da Madeira, em 2019, a CDU perdeu outra vez o grupo parlamentar que havia recuperado e elegeu apenas um deputado.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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