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Madeira. Albuquerque recusa "excesso de triunfalismo" e apela à maioria

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às regionais de domingo da Madeira, Miguel Albuquerque, recusou hoje o "excesso de triunfalismo", salientando que nunca ninguém ganhou eleições nas sondagens e que é necessária uma maioria para governar.

Madeira. Albuquerque recusa "excesso de triunfalismo" e apela à maioria
Notícias ao Minuto

22:51 - 19/09/23 por Lusa

Política Eleições

"Vão votar, não há vitórias antecipadas, nunca vi ninguém ganhar umas eleições nas sondagens, as sondagens são positivas, mas é fundamental as pessoas perceberem que só no dia, só no dia da eleição, com o voto depositado na urna, é que está determinado o futuro", disse Miguel Albuquerque, num comício em Câmara de Lobos, no dia em que foi divulgada mais uma sondagens que atribui à coligação Somos Madeira a vitória com maioria nas eleições de domingo.

Renovando os apelos contra a abstenção que todos os dias tem feito, Miguel Albuquerque dramatizou a importância do voto, salientando que se a coligação não tiver "a maioria não é possível governar" a Madeira.

"Precisamos de uma maioria absoluta para governar a Madeira, se não tivermos a maioria não é possível governar esta terra", afirmou, insistindo que não é possível liderar o Governo Regional "discutindo todos os dias, tudo e a toda a hora".

Antes, o líder do CDS-PP e número dois na lista da coligação Somos Madeira, Rui Barreto, tinha também repetido o apelo ao voto nas eleições de domingo, recusando vitórias antecipadas.

"Ouve-se muitas vezes nos cafés dizer que 'está ganho', mas nada está ganho", alertou, comparando as eleições a um jogo de futebol, em que também são necessários golos para ganhar.

À chegada ao comício, em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque tinha já falado sobre a luta que a coligação tem de travar contra a abstenção, apontando esse como o grande desafio até às eleições.

"Vamos continuar a fazer aquilo que temos feito até agora, que é tentar que o nosso eleitorado não desmobilize", sustentou, considerando que apesar de a coligação ter "sondagens positivas", pode prejudicar "no sentido de desmobilizar as pessoas" para o voto.

Questionado se tem receio dos indecisos, o também líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional desde 2015 respondeu apenas: "tenho receio do excesso de triunfalismo".

Relativamente à decisão, anunciada hoje, do líder do PSD participar no último dia de campanha e estar presente na noite das eleições na Madeira, Miguel Albuquerque recusou a ideia de que Luís Montenegro quererá "aproveitar-se da sua vitória" nas regionais.

"Pode aproveitar-se à vontade que é uma vitória também dele, do partido, que ele é o líder do partido", disse o candidato social-democrata, reiterando ainda a sua indisponibilidade para governar em minoria.

"Eu em minoria, a fazer acordos pontuais, eu não governo", repetiu, lembrando que "as cartas" foram "postas em cima da mesa antes da eleição".

Nas anteriores eleições regionais, em 2019, o PSD falhou pela primeira vez a maioria absoluta num sufrágio na região desde 1976, optando por celebrar um compromisso de coligação com o CDS-PP para garantir a sua continuidade na governação.

Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, os sociais-democratas elegeram 21 deputados e o CDS-PP três deputados parlamentares. O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

Leia Também: Madeira. "Deputados em demasia sempre prontos a dar resguardo", diz CDU

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