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Madeira. JPP diz ser a "maior ameaça" à coligação PSD/CDS-PP

O cabeça de lista do JPP às legislativas da Madeira disse hoje que a sua candidatura constitui a "maior ameaça" à coligação PSD/CDS-PP e sublinhou que o objetivo do eleitorado é "passar o PSD para a segunda divisão".

Madeira. JPP diz ser a "maior ameaça" à coligação PSD/CDS-PP
Notícias ao Minuto

17:17 - 19/09/23 por Lusa

Política Élvio Sousa

"Pelo que oiço no terreno, as pessoas têm um objetivo que é passar o PSD para a segunda divisão, que é aquilo que me dizem. O PSD para a segunda divisão da política", disse Élvio Sousa.

O candidato frisou ainda que nota uma "excessiva preocupação" da parte da maioria PSD/CDS-PP, que lidera o Governo Regional, em relação à candidatura do JPP.

Élvio Sousa falava junto ao Mercado dos Lavradores, no centro do Funchal, onde os candidatos do partido contactaram a população e distribuíram esferográficas e panfletos, no âmbito da campanha para as eleições regionais de domingo.

"Eu creio que o Juntos Pelo Povo (JPP), não sendo um partido ortodoxo, conservador, tradicional, mas um partido progressista, que quer mudanças, que é aquilo que a população lhe diz, é a maior ameaça ao PSD e ao CDS", afirmou.

O cabeça de lista, também secretário-geral do partido e deputado no parlamento regional, disse que a maior preocupação dos madeirenses é o elevado custo de vida e acusou o executivo de não utilizar os instrumentos de que dispõe para o reduzir, apontando como principal responsável o presidente social-democrata Miguel Albuquerque, que se recandidata a um terceiro mandato, agora à frente da coligação Somos Madeira (PSD/CDS-PP).

Entre as várias críticas do JPP ao Governo Regional, estão a incapacidade para baixar impostos, para reduzir o preço do desembarque de mercadorias e para regular o valor do gás, que custa mais 10 euros por garrafa relativamente aos Açores.

"Nós não defendemos que o Estado seja regulador de tudo o que mexe, como é óbvio, mas, aquilo que são determinantes para o custo de vida das regiões, tem que ser regulado", declarou.

Élvio Sousa, que é arqueólogo, ironizou, dizendo que, após 400 anos sob o domínio dos capitães donatários, o regime autonómico colocou a Madeira nas "mãos de outros capitães donatários", que "não aliviam o custo de vida" da população.

"Nós hoje podíamos ter um custo de vida mais baixo se o Governo Regional fosse um regulador, não ao serviço de meia dúzia, mas ao serviço dos interesses económicos e sociais de toda a população da Madeira", defendeu.

Durante a iniciativa no Mercado dos Lavradores, Élvio Sousa foi abordado por uma senhora, que dizia ter já 92 anos e que lhe desejou boa sorte, situação que depois o levou a criticar a postura de Miguel Albuquerque nos debates no parlamento regional, quando o chefe do executivo apelida os deputados do JPP de "engana viúvas" e "engana velhinhas".

"Na prática, se eu enganasse esta faixa etária, as pessoas não se vinham aproximar", disse, explicando que, no seu caso, "há um carinho especial entre o representante e o eleitor e as pessoas manifestam esse carinho".

Referindo-se ao presidente do Governo e cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, Élvio Sousa disse que parece ter "algum pejo de ir para cima dos poios falar com os agricultores" e também "parece que tem algum pejo em tocar as pessoas, em dialogar com as pessoas, em se juntar com o povo".

"Que desça daquele pedestal de aristocracia aburguesada e venha falar com o povo", desafiou.

As legislativas da Madeira decorrem domingo com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

O JPP, que tem na sua génese um movimento de cidadãos, concorreu pela primeira vez a legislativas regionais em 2015, nas quais elegeu cinco deputados e foi considerado a surpresa do sufrágio, mas em 2019 perdeu dois representantes.

Leia Também: MPT defende acesso gratuito para os funchalenses nos complexos balneares

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