João Costa quer tempo? "Desculpas de mau pagador. Sacudir água do capote"
Segundo Marques Mendes, a grande questão é que o Governo está em funções há quase oito anos", acrescentando que "já é altura de começar a ter um discurso diferente".

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Política MM
No seu espaço habitual de comentário político, neste domingo, Luís Marques Mendes comentou os vários temas que marcaram a atualidade ao longo da semana, entre eles as declarações do ministro da Educação, João Costa, que afirmou que os problemas não se resolvem "de um dia para o outro" e defendeu ser preciso tempo.
O social-democrata foi taxativo, atirando que "a declaração foi um pouco infeliz", uma vez que "evidentemente, qualquer ministro precisa de tempo". "A grande questão é que o Governo está em funções há quase oito anos, não é há oito meses. Oito anos é uma eternidade", acrescentou, na antena da SIC Notícias.
Na ótica de Marques Mendes, em temas como "residências universitárias ou alojamento estudantil, a situação é muito complicada mas houve oito anos para melhorar a situação".
Quanto ao número de novas reformas dos professores, que, segundo o jornal Público será o mais alto registado no arranque do ano letivo nos últimos dez anos, o comentador elaborou que "o Ministério da Educação tem obrigação de saber quando é que os professores se vão reformar". "São dados objetivos", o que revela "falta de planeamento", frisou.
Perante estas explicações, Marques Mendes volta a notar que as declarações do responsável pela pasta da Educação soam a "desculpas de mau pagador". "É sacudir água do capote porque verdadeiramente houve tempo não para resolver tudo, mas para começar a resolver várias coisas", salientou ainda, acrescentando que "já é altura de começar a ter um discurso diferente".
"Mais dinheiro mas sensação de menos resultados"
Voltando-se para o setor da Saúde, o social-democrata considerou que "os problemas, em algumas matérias, são muito semelhantes aos da Educação". "Navegação à vista, não se vai ao fundo das questões e mais tarde ou mais cedo os problemas vêm ao de cima"., notou.
Recordando as declarações do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que afirmou ser "inaceitável" haver utentes a irem de madrugada para a porta dos centros de saúde para conseguirem ser atendidos, o comentar referiu que Manuel Pizarro tem "toda a razão", mas quem o pode dizer são "a generalidade dos portugueses, mas o ministro é que tem o poder de resolver". "Mais uma vez, é ministro há um ano, mas o Governo tem oito", atirou.
Para Marques Mendes, a parte "mais sensível e mais difícil de aceitar" é que "o ministério da Educação por um lado e o ministério da Saúde por outro, têm muito muitíssimo mais dinheiro hoje do que tinham em 2020, mas o problema é que há a sensação de que há menos resultados". O social-democrata sugeriu ainda que "os problemas são maiores hoje do que eram na altura".
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