"É possível ter uma vida diferente. A proposta da IL é uma proposta de ambição, uma proposta para quem quer subir na vida pelo seu trabalho", disse aos jornalistas Rui Rocha, no Funchal, durante uma iniciativa de campanha para eleições legislativas da Madeira, marcadas para o dia 24.
Recuperando a proposta do partido para reduzir impostos, o líder da IL salientou que para dar uma "vida diferente" aos portugueses são necessários dois pressupostos: rendimentos mais altos, através de uma economia que cresce e "distribui rendimento para as pessoas que querem subir pelo seu trabalho", e uma redução da carga fiscal.
"Isso é verdade para Portugal no seu conjunto, mas é verdade também aqui para a Madeira", salientou Rui Rocha, recordando que no arquipélago o Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP já poderia ter estabelecido "impostos 30% mais baixos do que aquilo que se paga a nível geral, nomeadamente no IVA, no IRS para todos, no IRC".
Assim, e já que o executivo liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque - que se recandidata nas regionais de dia 24 encabeçando a coligação Somos Madeira (PSD/CDS-PP) -- não usou essa possibilidade, a proposta da IL é de "menos impostos para todos, menos impostos para que todos possam ter mais rendimento".
Questionado sobre as razões que terão levado o Governo Regional a não reduzir impostos, Rui Rocha disse que, tal como aconteceu a nível nacional, o executivo madeirense privilegiou receber mais receita, em vez de ajudar a população.
"É uma opção política", salientou o líder da IL, partido que apresenta como cabeça de lista nestas eleições o ator e produtor teatral Nuno Morna.
Depois de falar aos jornalistas, Rui Rocha tentou distribuir panfletos de campanha à porta da Loja do Cidadão do Funchal, tarefa nem sempre fácil, já que alguns do que passavam na rua recusavam com um gesto receber o pequeno papel azul de tamanho A5 com a fotografia de Nuno Morna, onde a IL pede para que "deixem passar o liberalismo na Madeira".
"É um grande candidato", argumentou o líder da IL a um homem que aceitou o panfleto.
"É a minha deixa para aparecer... sou um grande candidato no sentido literal", gracejou Nuno Morna, dirigindo-se para o lado de Rui Rocha.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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Lusa/fim