Se Costa não aceitar propostas fiscais do PSD vai "castigar classe média"

O presidente do PSD acusou hoje o primeiro-ministro e o PS de "castigarem ainda mais a classe média" se 'chumbarem' as propostas de redução do IRS dos sociais-democratas, antecipando que António Costa será "habilidoso" nessa recusa.

Montenegro acusa Costa de "castigar ainda mais a classe média" se 'chumbar' propostas fiscais do PSD

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Lusa
03/09/2023 14:07 ‧ 03/09/2023 por Lusa

Política

PSD

No encerramento da 19.ª edição da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide (Portalegre), Luís Montenegro voltou ao tema que marcou a Festa do Pontal do partido, a meio de agosto, e na qual apresentou cinco propostas ao nível do IRS, incluindo uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, à exceção do último, que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.

"Ainda esta semana, até 31 de julho, o Estado cobrou a mais 4.500 milhões de euros de impostos do que no ano passado. A previsão era de 2.300 milhões de euros, há uma almofada, há um excedente à volta dos 2.200 milhões de euros", afirmou.

Como o PSD calculou que a baixa de IRS que defende tem um custo de 1.200 milhões de euros, Montenegro deixou um aviso.

"Se o dr. António Costa e o PS não aprovarem esta proposta, o dr. António Costa e o PS estão simplesmente a castigar ainda mais a classe média portuguesa", disse.

O líder do PSD antecipou até como será feita essa recusa: "Vão dizer que vão descer mais os impostos do que o PSD queria para o ano, no qual até há eleições europeias".

"Mas isso é conversa fiada, porque a folga de que falamos é de 2023, os impostos que queremos baixar são em 2023 e há condições para o fazer de forma imediata", disse.

Nesta matéria, apelidou ainda o primeiro-ministro de habilidoso, lamentando que, muitas vezes, esta característica seja confundida com ser "um político hábil".

"É de um habilidoso o que ele vai fazer: não vai aceitar a proposta do PSD e vai dizer ao país que para o ano vai fazer uma ainda maior. Mas o PSD está a propor para este ano e para o ano proporá para 2024", disse.

Além dos impostos, Montenegro dedicou também parte da sua intervenção à habitação, defendendo que o pacote do Governo - "vetado e muito bem pelo Presidente da República" -- "não tem um único apoiante de relevo na sociedade portuguesa".

"Digam-me um, digam-me um português com intervenção de relevo na área que diga que está aqui um programa como deve ser", criticou.

O líder do PSD considerou que o veto do Presidente da República foi até "uma oportunidade" para o Governo corrigir o diploma, lembrando que, nesse mesmo dia, se disponibilizou a colocar a equipa que fez as propostas sociais-democratas para o setor a trabalhar com o executivo e a "construir uma reforma do mercado da habitação para década e meia".

"Qual foi a resposta do PS? Vamos confirmar no parlamento o que o Presidente da República rejeitou. Isto tem dois nomes: arrogância e um que é ainda pior, é mesmo perder o futuro", criticou.

Antes, o líder da JSD, Alexandre Poço, tinha desafiado o primeiro-ministro a demitir a ministra da Habitação.

"Se a sua ministra não consegue garantir mais casas, então comece a pensar que é hora de desalojar Marina Gonçalves do Ministério da Habitação", desafiou.

O líder da JSD vai também propor ao partido que adote uma proposta de oferecer 'cheques-bebés' de oito mil euros, metade pagos na altura do nascimento e outra metade aos 18 anos.

[Notícia atualizada às 14h34]

Leia Também: "Estamos aqui para ganhar as próximas eleições europeias", diz Montenegro

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