Após fontes do grupo Renascença e do jornal Público terem afirmado ter sido alvo de notícias falsas difundidas pelo líder do Chega, na rede social X (antigo Twitter), André Ventura afirmou, esta terça-feira, que "a notícia não é falsa".
"Estou habituado a ser alvo de todas as queixas - racismo, perseguição, difamação, agora é notícias falsas", começou por referir Ventura, na SIC Notícias, apontando que "uma coisa é a falsidade da notícia, outra é o grafismo".
Segundo o líder do Chega, o partido foi "o primeiro a dar a notícia, o Expresso esta semana traz a mesma coisa que nós, com fontes que provavelmente até são próximas das nossas".
"Isto não é falso, essa notícia é verdadeira", elaborou, salientando ser "muito estranho que uma notícia por ter um teto azul seja para equiparar à Renascença ou por ter um teto vermelho seja para equiparar ao [jornal] Público".
Na ótica de André Ventura, "uma coisa é quando as coisas são falsas, outra é quando não são falsas". "Não publiquei nada falso", voltou a frisar, questionando: "É isto que queremos que o Ministério Público perca tempo a investigar?".
O líder partidário garantiu ainda que, enquanto for presidente do Chega, "nenhum órgão de comunicação social vai dizer ao Chega o que é ou não é mentira".
Recorde-se que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) "já recebeu" uma participação" sobre notícias falsas de que a Renascença e o Público foram alvo por parte de André Ventura.
TC invalidar V Convenção do Chega? "Pura perseguição política"
Após o Tribunal Constitucional (TC) ter confirmado a decisão de invalidar convocatória a V Convenção do Chega, André Ventura salientou ter recebido a notícia com "estupefação".
"Respeitando a decisão do TC, nós temos de dizer que os órgãos de soberania são sujeitos a escrutínio também", afirmou o presidente do Chega, considerando que o partido está a ser "perseguido" uma vez que "nunca houve um partido em que todas as convenções fossem invalidadas".
Segundo André Ventura, trata-se de "uma ilegalização da secretaria". "Em vez de irem de frente e dizerem que o Chega não pode existir porque é da extrema-direita ou racista, mais vale dizer que está tudo ilegal e nunca conseguimos ter legitimidade nos órgãos. É pura perseguição política. Não é bom para a democracia um partido estar a ser perseguido por um tribunal", salientou.
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