"O voto no ADN é um voto útil. Quando digo voto útil é aquele voto que não vai ser, depois, coligado", declarou, realçando que "se é para fazer coligação pós-eleitoral, é melhor então não ir a eleições".
Miguel Pita falava aos jornalistas à porta do Tribunal do Funchal, após a entrega da lista candidata da Alternativa Democrática Nacional às eleições legislativas regionais de 24 de setembro.
"O voto no ADN é um voto que, podem confiar, será para poder entrar na Assembleia [Legislativa Regional]. Queremos estar lá dentro, ser uma voz ativa, defender as pessoas, defender as crianças, defender os jovens", disse, salientando que o partido é "diferente dos outros em termos de ideologia".
O candidato explicou que o grande objetivo é a defesa dos direitos dos cidadãos conforme estão previstos na Constituição.
"A Constituição está em risco", disse, alegando estar em curso um processo para "tirar a liberdade" aos portugueses, que começou com as "restrições ilegais" impostas na sequência da pandemia de covid-19.
Miguel Pita indicou que o partido luta também contra a despenalização da droga, o trabalho precário e a emigração dos jovens e, por outro lado, procura "defender as crianças", considerando que "já estão a ser infringidas com a ideologia de género nas escolas".
"Não somos um partido xenófobo, nem racista, não somos extremistas, nem radicalistas e também não há linhas vermelhas neste partido", declarou o cabeça de lista do ADN.
Nas eleições regionais de 22 de setembro de 2019, o PSD perdeu a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976, elegendo 21 deputados e formou um Governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
O PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.
Nesse ato eleitoral, num círculo único, concorreram 16 partidos e uma coligação que disputaram os 47 lugares no parlamento madeirense: PSD, PS, CDS-PP, JPP, BE, Chega, IL, PAN, PDR, PTP, PNR, Aliança, Partido da Terra - MPT, PCTP/MRPP, PURP, RIR e CDU (PCP/PEV).
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