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'Geringonça' em Espanha? "Situação distinta do que se passou em Portugal"

O antigo dirigente social-democrata Miguel Relvas explicou por que razão o impasse em Espanha é diferente do que se passou em Portugal, em 2015.

'Geringonça' em Espanha? "Situação distinta do que se passou em Portugal"
Notícias ao Minuto

09:09 - 27/07/23 por Notícias ao Minuto

Política Miguel Relvas

O ex-vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Relvas comentou, na quarta-feira, o impasse político em Espanha, distinguindo o que se passa no país vizinho do que o que, em 2015, aconteceu em Portugal.

“As circunstâncias são diferentes. O PSD ganhou as eleições em 2015 de uma forma clara, depois de um período bem difícil da história do nosso país”, respondeu, quando confrontando com a possibilidade a situação espanhola lhe trazer “más recordações”.

"O PP [Partido Popular] não tem qualquer hipótese de se poder juntar aos partidos nacionalistas”, considerou no programa ‘Crossfire’, emitido pela CNN Portugal. O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares no governo de coligação PSD-CDS, estava a referir-se aos partidos Bildu e Juntos pela Catalunha.

Sublinhando que o PP, presidido por Alberto Núñez Feijóo, "ganhou as eleições", o social-democrata reforçou que uma eventual 'Geringonça' em Espanha é "uma situação completamente distinta daquela que se passou em Portugal".

"O PP ganhou as eleições, mas ao ferir o Vox, matou a maioria absoluta. Porque não foi capaz de ir buscar os votos dos Ciudadanos. Houve erros claros da campanha de Feijóo", atirou o comentador, considerado que este é "um líder regional" que não teve "dimensão nacional".

"Como é que um líder que quer ser primeiro-ministro falta a um debate onde está o seu maior adversário? É uma situação que não se compreende", classificou, lembrando que também o Vox estava presente no mesmo momento. "O PP, que é um partido altamente profissional, nestas eleições não foi. Em Portugal, a situação é distinta", repetiu, defendendo que em território nacional se passou de uma situação em que os partidos centrais eram os "decisivos".

"Hoje, vivemos em bloco - o bloco da Direita e o da Esquerda", rematou, dizendo que alguns analistas acham que são "os moderados que vão moderar os radicais".

"O que é que aconteceu em Portugal quando se fez a 'Geringonça'? O Partido Socialista teve de nacionalizar a TAP, teve de não continuar com a não privatização dos transportes para ceder ao Partido Comunista [Português] e ao Bloco de Esquerda. A questão que se coloca aqui é: se em Espanha, em vez de Feijóo fosse [Isabel Díaz] Ayuso? E o mesmo se passa em Portugal", referiu, sublinhando que o que está em cima da mesa "são os líderes".

"Como é que é que o PSD no passado, com [Aníbal] Cavaco Silva e com [Pedro] Passos Coelho ganharam de uma forma clara as eleições? Porque foram capazes de a partir de ocupar o espaço da Direita vir para o Centro. O que é preciso para ganhar eleições para os dois partidos centrais é a questão da liderança e ter líderes fortes e capazes de ocupar o espaço político", finalizou.

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