O antigo deputado do Partido Social Democrata Duarte Marques comentou, este sábado, a escala não prevista na agenda oficial do primeiro-ministro em Budapeste, na Hungria, onde no mês passado assistiu a jogo de futebol com o seu homólogo Viktor Orbán.
A notícia foi avançada na sexta-feira pelo Observador e a ida confirmada pelo Presidente da República. "O primeiro-ministro ia para uma reunião internacional e entendeu que devia dar um abraço a José Mourinho. Ele disse-me 'é um português que está envolvido, vou-lhe dar um abraço, pode ser que dê sorte' e quase ia dando", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem de um evento no Seixal, Setúbal.
Recorrendo ao Twitter, o ex-parlamentar social-democrata considerou que nesta situação "o problema não é António Costa ir de Falcon a Budapeste".
"Tenho a certeza que terá muitas razões de natureza política para o fazer. A questão é omitir tal facto porque as suas ações pessoais e políticas não batem certo com a narrativa socialista anti-Orban", acusou.
"Como diz um amigo meu 'peculato de uso explicado às crianças'", rematou no final da publicação, na qual faz acompanhar uma imagem da notícia.
O problema não é António Costa ir de Falcon a Budapeste. Tenho a certeza que terá muitas razões de natureza política para o fazer. A questão é omitir tal facto porque as suas ações pessoais e políticas não batem certo com a narrativa socialista anti - Orban.
— Duarte Marques (@DuarteMarques) June 17, 2023
Já hoje, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, considerou que era "lamentável que o primeiro-ministro tenha usado recursos de uma viagem oficial para fazer essa paragem". Também o líder do Partido Comunista Português, Paulo Raimundo, referiu que esta escala não era "normal".
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