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Certificados de aforro? Governo "está a penalizar muito a classe média"

Na ótica de Luís Montenegro, "aquilo que aconteceu nos últimos dias contraria, mais uma vez, o interesse da maioria dos portugueses", mas "favorece o interesse da banca, [e] favorece, por ventura, os interesses também do Governo".

Certificados de aforro? Governo "está a penalizar muito a classe média"

O líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, apontou, esta segunda-feira, que a comercialização da nova série de certificados de aforro, que arrancou hoje, segue a tendência levada a cabo pelo Executivo de António Costa de contrariar "o interesse da maioria dos portugueses", ao mesmo tempo que "favorece o interesse da banca" e "favorece, por ventura, os interesses também do Governo".

"Este Governo tem tido uma postura de completo desrespeito pela classe média, pelos pequenos aforradores, por aqueles que não têm capacidade económica para correr o risco de ter outras aplicações financeiras. Cabe ao Estado, também, dar aos portugueses a possibilidade de poderem poupar e prevenir o seu futuro", começou por dizer o social-democrata, em declarações aos jornalistas, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

Na ótica de Luís Montenegro, "aquilo que aconteceu nos últimos dias contraria, mais uma vez, o interesse da maioria dos portugueses", mas "favorece o interesse da banca, [e] favorece, por ventura, os interesses também do Governo", defendendo, por isso, que "é preciso conciliar esses interesses com os interesses das pessoas".

"Neste caso concreto, as pessoas que não são grandes capitalistas, detentores de poupança, veem neste instrumento o reduto para poderem, por um lado, tirar alguma rentabilidade, e para poderem sentir-se seguros. Quando o Governo está a desincentivar a utilização deste instrumento, naturalmente está a penalizar muito a classe média", considerou.

Para o presidente do PSD, "a banca portuguesa deve acompanhar a evolução que já se faz sentir em toda a Europa de valorização dos depósitos e, nomeadamente, dos depósitos a prazo, das poupanças". Assegurando que pretende "uma banca que seja competitiva [e] que seja robusta", Montenegro apelou a "um justo equilíbrio".

"As taxas de juro estão elevadas para as pessoas, as famílias, as empresas, [que] estão a pagar mais pelo seus empréstimos. É justo que se reclame por parte das nossas instituições bancárias a mesma postura relativamente às entregas das pessoas e das empresas, e que possa haver uma retribuição maior dos depósitos bancários", disse.

De notar que em causa está a comercialização da nova série de certificados de aforro 'F', que oferece uma taxa de juro base bruta de 2,5%, depois da suspensão da 'série E', que levou a oposição a tecer várias críticas.

Fique a par de todas as mudanças aqui.

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