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"Não tenho a certeza se Seguro vai ser passado e Costa futuro"

Joana Amaral Dias, ex-deputada bloquista e psicóloga, afirma que nada está decidido na questão da liderança do PS, cuja instabilidade considera ser normal num partido da oposição por altura de eleições. Em entrevista ao Diário de Notícias, a autora do ensaio ‘O Cérebro da Política’ sustenta que “Seguro faz parte desse conjunto de dezenas de líderes que foram desafiados quando chegou o momento de conquistar o poder”.

"Não tenho a certeza se Seguro vai ser passado e Costa futuro"
Notícias ao Minuto

08:32 - 08/06/14 por Notícias Ao Minuto

Política Joana Amaral Dias

“Não tenho a certeza se Seguro vai ser passado e Costa futuro. Se me fizessem a pergunta antes da batalha do Vimeiro [Comissão Nacional], diria que a probabilidade de Costa conseguir conquistar o partido era bem mais elevada. O que se passou nesse dia foi uma mudança radical, uma inversão de marcha de Seguro, que passa de uma posição altamente defensiva para a de contra-atacante e faz das suas críticas a sua maior força. Alterou radicalmente a posição de ‘entrincheirado’ e passa a ter o poder de iniciativa política”.

As palavras são da psicóloga e ex-deputada pelo Bloco de Esquerda Joana Amaral Dias em entrevista ao Diário de Notícias, no rescaldo da publicação da sua investigação ‘O Cérebro da Política’, onde fala sobre o que se esconde por detrás do processo político e o que leva os eleitores a escolher a direita ou a esquerda.

A autora sublinha que não é partidária do PS mas sim “uma simpatizante da convergência à esquerda”, acrescentando que se apresentou apenas num evento socialista, a convite de António José Seguro, onde aproveitou para “expressar ideias”.

Joana Amaral Dias afirma não querer tomar partidos na questão da liderança do PS e vê sem surpresa a atual situação da lista rosa.

“É uma situação típica no líder da oposição que é visto como fraco, de transição, e que vai ter de defrontar um desafiador. (…) Seguro faz parte desse conjunto de dezenas de líderes na oposição em Portugal e na Europa que foram desafiados quando chegou o momento de conquistar o poder”, esclareceu a ex-bloquista.

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